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Cidade de Deus terá banco comunitário

Novo banco terá uma moeda, o CDD, que será utilizada para compras na comunidade fluminense, com descontos

A moeda social da Cidade de Deus não vale, entretanto, para outros locais (Riotur)

A moeda social da Cidade de Deus não vale, entretanto, para outros locais (Riotur)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 07h08.

Rio de Janeiro - O primeiro banco comunitário do Rio será inaugurado no próximo dia 15 de setembro na Cidade de Deus. O projeto será apresentado hoje (10) no 2º Congresso Fluminense de Municípios, que a Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj) promove, em conjunto com o governo do estado, a prefeitura da capital e a Assembleia Legislativa (Alerj), no Armazém 2, no Pier Mauá.

“Nós fomos escolhidos como política pública inovadora para ser apresentada a outros municípios, para que ela possa ser replicada”, disse à Agência Brasil o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário, Marcelo Henrique da Costa.

A metodologia e o processo de envolvimento dos moradores da Cidade de Deus no projeto do banco comunitário começaram há dois anos. “É um processo de amadurecimento, de conhecimento do território, de construção participativa”.

Será apresentada também no congresso a experiência do município de Silva Jardim, situado na região das Baixadas Litorâneas, que criou no ano passado um banco com moeda própria: o Capivari. Marcelo Costa alertou, contudo, que a construção do banco comunitário “não ocorre a partir de uma canetada do gestor. Vai ser necessário diálogo, porque o protagonismo de um banco comunitário é, necessariamente, local”.

Ele explicou que um banco comunitário não é uma instituição pública. “O banco tem parceria pública mas, acima de tudo, é da sociedade local”. O banco da Cidade de Deus terá uma moeda, o CDD, que será utilizada para compras na comunidade, com descontos.

“O indivíduo vai ao banco comunitário, troca o seu real por CDD. A relação é paritária, ou seja, um por um. Ele vai ao comércio, aos serviços e, ao apresentar a moeda social, receberá um pequeno desconto”, informou Costa. Com isso, ganha o consumidor, que compra com desconto, e também o comerciante, pela escala e pela fidelização do cliente.

A moeda social da Cidade de Deus não vale, entretanto, para outros locais. O secretário disse que a lógica é que o recurso adquirido na Cidade de Deus circule pela própria comunidade, “criando prosperidade, desenvolvimento e melhorando os negócios”.

Marcelo Costa destacou que o banco comunitário não resolve todos os problemas, mas pode ser uma “tecnologia social potente e inovadora para transformar a realidade local”.

O congresso debaterá o municipalismo e terá a participação de lideranças da região.

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