Distrito Federal: próximo governador terá desafios na habitação, transporte público e segurança (Zel Nunes/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 11h32.
Brasília - No dia 5 de outubro, o Distrito Federal terá na disputa pelo Executivo local, além do atual governador, Agnelo Queiroz (PT), que tenta a reeleição, cinco candidatos: Toninho do PSOL, Arruda (PR), Luiz Pitiman (PSDB), Perci Marrara (PCO) e Rollemberg (PSB).
No DF, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 54,3% dos 1.897.677 eleitores são mulheres e 45,6%, homens.
O crescimento demográfico acentuado na região, que abriga Brasília, impõe ao próximo governador desafios relacionados à habitação, à melhoria do transporte público e à segurança.
Agnelo Queiroz representa a coligação Respeito por Brasília, que tem o apoio de 16 partidos (PMDB, PRB, PCdoB, PRP, PPL, PV, PP, PT, PTN, PTdoB, PSC, PROS, PTC, PSL, PHS e PEN).
O vice na chapa é Tadeu Felippelli (PMDB).
Antes de vencer a última eleição para governador, o médico baiano de 55 anos foi eleito deputado distrital pelo PCdoB, em 1990, e deputado federal em 1994, 1998 e 2002.
Em 2003, assumiu o Ministério do Esporte na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao TSE, Agnelo informou que pretende gastar R$ 70 milhões na campanha, mais que o dobro informado pelo candidato com a segunda maior previsão de gastos.
Aos 60 anos, o servidor público mineiro Antônio Carlos de Andrade, o Toninho do PSOL, tenta pela terceira vez chegar ao Palácio do Buriti, sede do governo do DF.
Em 2010, também concorrendo pelo PSOL, ele obteve quase 200 mil votos.
À frente da coligação Frente de Esquerda (PSOL, PSTU e PCB), Toninho terá como vice o professor de ensino médio Guillen (PSTU).
Ao todo, o candidato informou que pretende gastar R$ 950 mil na campanha.
Ex-governador do Distrito Federal, o mineiro José Roberto Arruda, 60 anos, tenta voltar ao governo pela coligação União e Força (PTB, PR, PRTB, PMN) depois de ter renunciado ao mandato, em 2010, após a descoberta do escândalo de corrupção no DF, conhecido como mensalão do DEM, em referência ao partido de Arruda à época.
O esquema, denunciado pelo então secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, consistia na compra de apoio de deputados distritais para aprovação de projetos do Executivo.
Antes de chegar ao Buriti, Arruda elegeu-se senador, em 1994, e deputado federal, em 2002.
Em 2001, renunciou ao mandato de senador após o escândalo da violação do painel do Senado.
No último dia 9 de julho, a 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDF) manteve a condenação de Arruda por improbidade administrativa.
A Lei da Ficha Limpa impede a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados por crimes desse tipo.
No entanto, a condenação ocorreu apenas depois de registrar a candidatura e ele segue na disputa.
Há dúvidas quanto à diplomação de Arruda caso ele vença as eleições. Ao TSE, Arruda informou que pretende gastar até R$ 22 milhões na campanha.
O deputado federal Luiz Carlos Pietscmann, o Luiz Pitiman, concorre pela primeira vez ao cargo de governador do DF.
Aos 52 anos, o empresário já presidiu a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), durante o governo Arruda, e comandou a Secretaria de Obras do DF, na gestão Agnelo, até deixar o PMDB para se filiar ao PSDB.
Ele concorre pela coligação Seriedade para Mudar (PSDB, DEM, PPS, PSDC), que tem como vice Adão Candido (PPS). Ao todo, segundo o TSE, Pitiman pretende gastar R$ 20 milhões.
Pela primeira vez, a jornalista Percilliane Marrara Silva (PCO), conhecida como Perci Marrara, concorre ao governo do Distrito Federal, depois de tentar chegar à Câmara dos Deputados em 2006 e em 2010.
Aos 32 anos, a brasiliense iniciou a vida política como militante de movimentos estudantis. Ao lado do vice, Gilson Dobbin (PCO), ela informou ao TSE previsão de gastos de campanha no valor de R$ 50 mil.
Senador pelo Distrito Federal desde 2010, Rodrigo Sobral Rollemberg (PSB) tenta pela segunda vez chegar ao posto máximo da política no DF pela coligação Somos todos Brasília (PSB, SD, PDT e PSD).
O vice na chapa é o servidor público Renato Santana (PSD). Nascido no Rio de Janeiro, aos 55 anos, Rollemberg é ex-deputado distrital por dois mandatos (1998 e 2006) e já esteve à frente das secretarias de Turismo, Lazer e Juventude no governo de Cristovam Buarque, e de Inclusão Digital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação na gestão do ex-presidente Lula.
Ao TSE, informou que pretende gastar na campanha R$ 30 milhões.
*Colaborou Danilo Macedo