Carvalho diz estar preocupado com queda de Aécio
Ministro afirmou que o esvaziamento do candidato tucano "empobrece o processo eleitoral"
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2014 às 19h02.
Rio de Janeiro - O ministro-chefe da Secretaria Geral de Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou na tarde desta segunda-feira estar preocupado com a possibilidade de uma queda maior nas pesquisas do candidato do PSDB Aécio Neves , atual terceiro colocado na corrida presidencial.
Após reunião com representantes de movimentos sociais na Diocese de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Carvalho afirmou que o esvaziamento do candidato tucano "empobrece o processo eleitoral".
Apesar disso, Gilberto afirmou estar convicto de que a presidente Dilma Rousseff, candidata pelo PT, vencerá a eleição.
"Ele (Aécio Neves) representa um polo da política. O esvaziamento de Aécio quase antecipa o segundo turno para o primeiro", afirmou.
Gilberto criticou duramente a candidata do PSB, Marina Silva, de quem foi colega no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando era ministra do Meio Ambiente.
O ministro, que tem ligações históricas com a Igreja Católica, repudiou porém as acusações de que Marina confunda religião e política. Segundo ele, o problema com a ex-ministra é outro.
"Acompanhei a Marina como ministra e sei bem o alcance e o limite dela, como a dificuldade de tomar decisão e de enfrentar as decisões. Sou insuspeito porque a defendi no governo pois sabia da importância do carisma dela no governo. Agora, como administradora, devo ser honesto em dizer que foi muito ruim. que não é uma pessoa indicada para ser presidente do Brasil neste momento de crise, sobretudo com o programa que está apresentando que, se fizer as contas, ou deixa uma dívida enorme para o País ou vai cortar benefícios porque as contas não estão fechando", avaliou.
O ministro disse respeitar e ter carinho por Marina.
"Porém, em uma análise bem fria, sei das deficiências graves (da ex-ministra) na tomada de decisão e na hora de implementar (as decisões) praticamente delegando para outras pessoas, que passaram a mandar no ministério e não ela".
Gilberto destacou que Marina segue crescendo nas pesquisas, mas ainda existem quatro semanas de campanha pela frente e o PT tem sua militância.
Segundo ele, serão feitas em todo País cerca de 200 plenárias conduzidas por ministros, funcionários do governo e militantes do partido.
O ministro informou ainda que na reta final das eleições o ex-presidente Lula deve entrar com mais força na campanha.