Carnaval: primeira fola sem restrições sanitárias desde início da pandemia de covid-19 (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 17 de fevereiro de 2023 às 14h20.
Última atualização em 17 de fevereiro de 2023 às 16h35.
O ano de 2023 será o primeiro Carnaval sem restrições sanitárias desde o início da pandemia de covid-19. Apesar das altas taxas de vacinação (80% com duas doses), o coronavírus ainda circula e as aglomerações das festas aumentam as chances de contato com o vírus. Em um boletim divulgado na quinta-feira, 16, a Fiocruz alerta para o risco de contágio e a importância da vacinação. As recomendações valem também para se proteger da gripe comum.
“A principal recomendação nesse Carnaval é em relação a quem está com sintomas respiratórios próximo às festas, aos blocos e aos desfiles. Se a pessoa está carregando o vírus da covid-19 ou influenza, que também continua em baixa, fica o alerta de evitar passar em grandes eventos porque pode facilitar o processo de aumento de casos na sua localidade”, diz Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe Fiocruz.
De acordo com os dados compilados pela Fiocruz, dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados em 2023, 1,2% são Influenza A, 1,0% Influenza B, 23,9% vírus sincicial respiratório (VSR), e 63,6% de SARS-CoV-2 (covid-19). Somente nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,8% Influenza A, 1,6% Influenza B, 26,5% vírus sincicial respiratório, e de 57% positivo para covid-19.
No boletim do Ministério da Saúde em que são compilados todos os dados da covid-19, o país tem quase 37 milhões de casos confirmados da doença, e aproximadamente 700 mil vítimas. Na última semana, 643 mil pessoas foram diagnosticadas com o coronavírus.
O relatório do InfoGripe avalia que os números analisados nesta semana indicam uma tendência de crescimento de novos casos para as próximas seis semanas. "Reforçamos que tais indicadores se referem à semana atual, não se tratando de projeções para as próximas três ou seis semanas. Por se tratar de uma avaliação estatística, a tendência é apresentada em termos de probabilidade de estar ocorrendo queda ou crescimento", diz o documento.
Em alguma cidades, com São Paulo, o uso de máscara é obrigatório no transporte público. O recomendado pelos especialistas em saúde pública é usar o item de segurança quando tem algum sintoma gripal como febre, coriza e dor de garganta.
Estudos mostram que menos de 1% das transmissões ocorrem ao ar livre. Apesar de ser baixa, ela não é zero. Por conta disso, os especialistas recomendam usar máscara quando há muita aglomeração. Com o grande número de pessoas próximas, a probabilidade de ter contato com o coronavírus aumenta. Com todas as doses de vacina em dia, o risco de ter a covid-19 é reduzido drasticamente e o uso da máscara se torna menos necessários.
Em um vídeo postado nas redes sociais, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou que ainda estamos em situação de pandemia de covid-19 e que "a vacinação é a nossa grande aliada".
A alegria e o carnaval voltaram em 2023!
Nesse momento de celebração, devemos ter responsabilidade. Use camisinha, elas estão disponíveis em todas a Unidades Básicas de Saúde do Brasil. Previna-se contra as IST, complete o esquema vacinal e celebre com proteção!
Bom carnaval! pic.twitter.com/ghtI7tr9bw
— Nísia Trindade Lima (@nisia_trindade) February 17, 2023
Apesar da alta aplicação de vacina de primeira e segunda doses, há um esforço do governo federal em incentivar a população a completar o esquema vacinal com mais duas doses de reforço. A cobertura fica em 67% se levar em conta todas as doses. A meta do Ministério da Saúde é elevar para 80%.
A segunda dose se reforço já pode ser recebida por pessoas com 18 anos, e adolescentes com imunossupressão na idade de 12 a 17 anos. A terceira dose de reforço já é aplicada desde o ano passado para idosos, e pessoas com mais de 18 anos imunocomprometidas. A partir do dia 27 de fevereiro, o Ministério da Saúde começa uma nova campanha para uma sexta dose, essa voltada para idosos e quem tem algum comprometimento no sistema imunológico.
- Pessoas com alto grau de imunossupressão com 18 anos ou mais, com pelo menos quatro meses (122 dias) da segunda dose de reforço – já estão elegíveis
- Pessoas com 18 anos ou mais de idade que tomaram a primeira dose de reforço há pelo menos quatro meses – já estão elegíveis
- Adolescentes com imunossupressão com 12 a 17 anos de idade (inclusive gestantes e puérperas) que tomaram a primeira dose de reforço há pelo menos quatro meses (122 dias) – já estão elegíveis.
- Crianças entre 5 e 11 anos de idade, desde que já estejam imunizadas com as duas primeiras doses (D1 e D2) – a partir de 2/2/2023.
- Adolescentes de 12 a 17 anos de idade após quatro meses da última dose do esquema vacinal com pelo menos quatro meses (122 dias) após a última dose do esquema vacinal (segunda dose da Pfizer) – já estão elegíveis
- Pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a última dose do esquema vacinal há pelo menos quatro meses (122 dias) – já estão elegíveis
- Pessoas com alto grau de imunossupressão com 18 anos o com pelo menos 28 dias após a última dose do esquema vacinal (segunda dose) – já estão elegíveis