Brasil

Carlos Bolsonaro diz que médicos avaliam necessidade de novos procedimentos

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro criticou esquema de segurança em hospital

Bolsonaro: ex-presidente passou por cirurgia

Bolsonaro: ex-presidente passou por cirurgia

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de dezembro de 2025 às 18h15.

Carlos Bolsonaro, ex-vereador do Rio de Janeiro, compartilhou nesta quinta-feira, 25, à tarde uma foto do pai, Jair Bolsonaro, no hospital. Segundo ele, os médicos estão analisando os próximos passos do tratamento.

“Os médicos seguem acompanhando o quadro pós-operatório, avaliando inclusive a necessidade de novo procedimento em razão dos soluços persistentes”, disse em um post.

Durante a internação, o ex-presidente está acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Mais cedo, os filhos Flávio e Carlos também visitaram o hospital.

No perfil dele, Carlos também criticou o esquema de segurança que envolve a internação do pai. Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão, após condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

“O número de policiais mobilizados para acompanhar o procedimento e toda a movimentação ultrapassa qualquer limite que qualquer ser humano consideraria razoável — é algo absolutamente inacreditável e constrangedor”, afirmou.

Para a publicação, Carlos utilizou uma foto que havia feito do pai durante a internação de maio. Desta vez, a família não teve autorização para entrar no hospital com o celular.

Cirurgia

A cirurgia de Jair Bolsonaro correu bem e o ex-presidente está acordado e no quarto, diz a equipe médica. O procedimento foi realizado nesta quinta-feira, 25, no hospital DF Star, em Brasília, e durou cerca de três horas e meia.

De acordo com o cirurgião Cláudio Birolini, o período estimado de recuperação varia de cinco a sete dias. Ele acrescentou que ainda irá analisar a possibilidade de autorizar a saída de Bolsonaro da Polícia Federal, onde o ex-presidente está preso.

Já o cardiologista Brasil Ramos Caiado afirmou que não houve procedimento para interromper os soluços de Bolsonaro e que essa intervenção poderá ser feita na segunda-feira, 29.

“Optamos por questão de precaução observar nesses próximos dias para ver a necessidade desse procedimento (o do soluço)”, afirmou, complementando que o soluço é uma preocupação recorrente da equipe médica e de Bolsonaro.

No pós-operatório, Bolsonaro seguirá em monitoramento constante, com controle rigoroso da dor, sessões de fisioterapia para estimular a mobilização precoce e cuidados destinados a evitar complicações, como trombose venosa profunda e problemas respiratórios.

Internação

O ex-presidente passou por exames e preparo pré-operatório na quarta-feira, 24, para a cirurgia de correção de uma hérnia inguinal bilateral, procedimento eletivo indicado para prevenir complicações e reforçar a musculatura da região da virilha.

A hospitalização foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após perícia da Polícia Federal (PF) apontar a necessidade da intervenção médica.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acompanha o ex-presidente no hospital, e os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro estiveram presentes pouco antes do início da cirurgia.

A própria Michelle informou sobre a ida de Bolsonaro ao centro cirúrgico em publicação nas redes sociais na manhã desta quinta.

O que Bolsonaro tem?

A hérnia inguinal acontece quando parte do intestino se projeta por pontos enfraquecidos na parede abdominal, na região da virilha. Quando o problema é bilateral, a protrusão ocorre em ambos os lados.

A cirurgia tem como objetivo corrigir essa saída do intestino e diminuir os riscos de dor, aprisionamento da hérnia e outras complicações de saúde.

Embora seja considerada eletiva, a intervenção foi recomendada para evitar o agravamento do quadro. Realizada sob anestesia geral, a cirurgia reposiciona o conteúdo abdominal e reforça a musculatura da virilha, área onde a parede abdominal apresenta enfraquecimento.

Além de corrigir a hérnia, os médicos avaliaram a possibilidade de um bloqueio anestésico do nervo frênico, indicado para tratar crises persistentes de soluços que Bolsonaro tem apresentado nos últimos meses.

O nervo frênico controla a contração do diafragma, músculo essencial para a respiração. Até a manhã desta quinta-feira, ainda não havia definição sobre o momento ideal para realizar esse procedimento.

Acompanhe tudo sobre:Carlos BolsonaroJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Defesa de Bolsonaro pede a Moraes autorização para visita de cunhados e enteada

Bolsonaro está acordado e no quarto, dizem médicos

Cirurgia de Bolsonaro é finalizada com sucesso

Cirurgia de Bolsonaro deve demorar 4h; entenda procedimento