São Paulo - O nível do Sistema Cantareira, que abastece de água mais de cinco milhões de pessoas em São Paulo, registrou alta nesta sexta-feira, 20, na comparação com o dado de quinta-feira, 19.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o reservatório contabiliza 0,2 ponto porcentual a mais do que no dia anterior, atingindo a marca de 16% de sua capacidade. Com isso, o sistema alcança o 14º dia consecutivo de aumento.
Houve acúmulo de 6,4 milímetros de água da chuva no período, e o reservatório agora fica perto de atingir a média acumulada esperada para o mês de março, de 178 mm -- até agora, o sistema já tem 169,8 mm.
Conforme o novo cálculo adotado sobre o índice do manancial desde o início da semana, o Cantareira tem 12,4% de sua capacidade, 0,2 ponto porcentual a mais do que na terça-feira.
Na prática, tanto a metodologia usada até agora, quanto a nova, consideram o mesmo volume de água armazenada: 150,6 bilhões de litros.
O que muda é a base de comparação: o reservatório perde 3,4 pontos percentuais em relação ao nível que a Sabesp divulgava antes.
Outros quatro dos cinco mananciais responsáveis pelo fornecimento hídrico em São Paulo também registraram alta.
O que mais cresceu de um dia para o outro foi o Sistema Alto Cotia, cuja reserva subiu de 57,5% para 60,1%, uma alta de 2,6 ponto porcentuais.
Em seguida, está o Guarapiranga, onde a reserva subiu 1,3 ponto porcentual, de 78,2% para 79,5%.
O Sistema Rio Claro passou a contabilizar 41%, ante 40,7% na quinta-feira. O Alto Tietê, por sua vez, subiu 0,2 ponto porcentual, elevando-se a 22,4%.
Já o Sistema Rio Grande caiu pelo segundo dia consecutivo, passando de 98% de reserva para 97,8%.
Apesar da elevação, é importante ressaltar que a região ainda enfrenta a pior crise hídrica de sua história. Por isso, a recomendação é para o uso racional e econômico da água.
-
1. Desperdício
zoom_out_map
1/23 (Pedro França/Agência Senado)
São Paulo - De toda água tratada em 23% das grandes cidades do Brasil, mais da metade é perdida antes de chegar às torneiras das residências ou empresas. É o que mostra levantamento feito com base no Ranking do Saneamento, feito pela ONG Trata Brasil com base em números de 2012 divulgados pelo Ministério das Cidades. Em São Paulo, que vive a pior crise hídrica de sua história, 36% da água tratada se perde pelo caminho. “Dentro desse número, você tem vazamentos, que é a maior parte, ligações clandestinas e roubo de água”, afirma Edson Carlos, presidente da instituição. Porto Velho (RO) lidera em índice de perdas. Por lá, 70% da água tratada não chega até o consumidor. “Índices acima de 50% sinalizam uma rede totalmente fora de controle. É um descaso total”, afirma o especialista. Além da falta de água para a população, esta postura de má gestão influencia também o faturamento das empresas responsáveis pelo tratamento de água e esgoto. A Trata Brasil estima que a redução em 10% do volume de água perdido todos os anos renderia mais de 1,3 bilhão de reais para as 100 maiores cidades do Brasil. A solução, segundo o especialista, vai desde o mapeamento de possíveis vazamentos no sistema de abastecimento até medidas simples como controle da vazão.
-
2. Porto Velho (RO) - 70,68% de perdas
zoom_out_map
2/23 (Filipux/Wikimedia)
-
3. Macapá (AP) - 69,44% de perdas
zoom_out_map
3/23 (Jorge Junior/ Secom Amapá)
-
4. Cuiabá (MT) - 67,44% de perdas
zoom_out_map
4/23 (Wikimedia Commons)
-
5. Maceió (AL) - 64,29% de perdas
zoom_out_map
5/23 (Divulgação / Christian Knepper)
-
6. Jaboatão dos Guararapes (PE) - 62,97% de perdas
zoom_out_map
6/23 (Wikimedia Commons)
-
7. Rio Branco (AC) - 62,47% de perdas
zoom_out_map
7/23 (Embratur)
-
8. Varzea Grande (MT) - 62,13% de perdas
zoom_out_map
8/23 (Matheus Hidalgo/Wikimedia Commons)
-
9. Mossoró (RN) - 59,93% de perdas
zoom_out_map
9/23 (Wikimedia Commons)
-
10. Recife (PE) - 59,85% de perdas
zoom_out_map
10/23 (REUTERS/Dominic Ebenbichle)
-
11. Aracaju (SE) - 57,58% de perdas
zoom_out_map
11/23 (Divulgação / André Moreira)
-
12. Natal (RN) - 57,16% de perdas
zoom_out_map
12/23 (Divulgação/Embratur)
-
13. Boa Vista (RR) - 54,99% de perdas
zoom_out_map
13/23 (Embratur/Fotos Públicas)
-
14. Teresina (PI) - 54,76% de perdas
zoom_out_map
14/23 (Embratur/Fotos Públicas)
-
15. Canoas (RS) - 54,38% de perdas
zoom_out_map
15/23 (Divulgação)
-
16. Paulista (PE) - 54.04%
zoom_out_map
16/23 (Wagner de Lima/ Wikimedia Commons)
-
17. Ananindeua (PA) - 53,02% de perdas
zoom_out_map
17/23 (Hallel/Wikimedia Commons)
-
18. Cariacica (ES) - 52,99% de perdas
zoom_out_map
18/23 (Lucas Calazans/ Divulgação/Perfil do Facebook de Cariacica)
-
19. São Vicente (SP) - 52,39% de perdas
zoom_out_map
19/23 (Fabio Luiz/Wikimedia Commons)
-
20. Bauru (SP) - 52,51% de perdas
zoom_out_map
20/23 (Wikimedia Commons)
-
21. Caruaru (PE) - 51,50% de perdas
zoom_out_map
21/23 (Leo Caldas/EXAME.com)
-
22. Olinda (PE) - 50,97% de perdas
zoom_out_map
22/23 (Jan Ribeiro/Pref.Olinda)
-
23. Salvador (BA) - 50,37% de perdas
zoom_out_map
23/23 (Camila Souza/GOVBA)