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Candidatura de Olívio Dutra pode ser confirmada amanhã

Avançou nos últimos dias a negociação entre os aliados PT, PTB e PC do B no Rio Grande do Sul para confirmar o nome ex-governador na chapa de Tarso Genro

Olívio Dutra : de acordo com fontes, foi a presidente estadual do PCdoB, Manuela D'Ávila, que levantou pela primeira vez o nome de Olívio em uma reunião (Lindomar Cruz/ABr)

Olívio Dutra : de acordo com fontes, foi a presidente estadual do PCdoB, Manuela D'Ávila, que levantou pela primeira vez o nome de Olívio em uma reunião (Lindomar Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 19h35.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 17h54.

Porto Alegre - Se há algumas semanas a candidatura do ex-governador petista Olívio Dutra ao Senado era uma remota possibilidade, hoje ela está bem próxima de se tornar realidade.

Avançou nos últimos dias a negociação entre os aliados PT, PTB e PC do B no Rio Grande do Sul para confirmar o nome de Olívio na chapa que terá o governador Tarso Genro (PT) tentando a reeleição. Falta bater o martelo sobre o vice, e a definição deve ser anunciada até esta quarta-feira, 28.

Nesta segunda-feira, 26, a executiva estadual do PTB realizou uma reunião interna e abriu apoio à candidatura de Olívio. O PC do B já simpatizava com essa opção, apesar de ter evitado se manifestar abertamente sobre o assunto.

De acordo com fontes do governo do Estado, foi a própria presidente estadual do partido, Manuela D'Ávila, que levantou pela primeira vez o nome de Olívio em uma reunião.

O ex-governador, até onde se sabe, aceitaria o convite se isso não causasse nenhum tipo de divisão com os parceiros políticos do PT.

No arranjo inicial da coligação, o PTB ficaria com a vaga de vice. Foram cogitados os nomes do deputado estadual Luís Augusto Lara e, depois, da ex-prefeita de Santa Cruz do Sul Kelly Moraes.

Já o PC do B indicaria Emília Fernandes para concorrer ao Senado. Mas foi justamente a impopularidade do nome de Emília que motivou o debate em torno de um "plano B", fazendo com que a defesa da candidatura de Olívio ganhasse força tanto nos bastidores como entre os militantes, que chegaram a lançar uma campanha nas redes sociais.

Agora, para incluir o ex-governador na chapa como aspirante ao Senado, o vice pode ficar com o PC do B, ao invés do PTB, que abriria mão da indicação e se contentaria com a vaga de suplente de Olívio.

Os petebistas estariam dispostos a aceitar o novo arranjo desde que o nome escolhido para vice não fosse o da própria Emília. O principal problema é o relacionamento ruim dela com o PTB, partido que abandonou em 1996, após ser eleita senadora.

Os outros nomes do PC do B apontados para vice são o do jornalista André Machado e o da ex-secretária do Turismo Abigail Pereira. É isso que as lideranças discutem no momento.

Na verdade, o sonho do PT para vice de Tarso é a deputada federal Manuela D'Ávila, presidente estadual do PC do B, mas ela deve sair de novo candidata à Câmara e tem como principal projeto chegar à Prefeitura em 2016.

De acordo com a assessoria de imprensa do governador Tarso Genro, tudo deve ser decidido até amanhã.

Ontem, na sua conta no Twitter, Manuela disse que, como presidente estadual do PC do B, ficava muito feliz que o PTB considerasse Olívio um grande nome na disputa eleitoral.

"Este gesto do PTB é um passo importante para termos um desfecho com unidade em torno da candidatura de Tarso Genro", escreveu.

A confirmação do nome de Olívio atrapalharia a candidatura de Lasier Martins (PDT) ao Senado, que até então aparece como favorito em todas as pesquisas.

Além disso, a presença de Olívio e Tarso em uma mesma chapa majoritária teria um significado histórico relevante e mobilizaria a militância petista.

O lançamento oficial da chapa está marcado para o dia 6 de junho, em Porto Alegre, e deve contar com a presença do ex-presidente Lula.

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