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Câmara derruba destaques da MP da Liberdade; o pacotão populista de Macri; Eduardo Bolsonaro quer diplomacia com armas

Eduardo Bolsonaro: para ser considerado embaixador, o filho do presidente ainda precisa ser sabatinado pelo Senado (Adriano Machado/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2019 às 07h11.

Última atualização em 15 de agosto de 2019 às 07h48.

Destaques derrubados

A Câmara encerrou a votação da Medida Provisória da Liberdade Econômica (881). A matéria segue agora para o Senado e precisa ser aprovada até o dia 27 para não perder a validade. Nesta quarta-feira, os deputados rejeitaram todos os destaques à proposta. O último foi o pedido de alteração do PSC que retornava a possibilidade de que processos de falência alcancem os sócios de forma automática. Esse destaque foi derrubado por 439 votos a favor da rejeição e 4 contra.

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Comissão da Câmara aprova tornar nepotismo indicar parente para embaixada

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 14, em rápida votação, a proposta do deputado Roberto de Lucena (PODE-SP) que proíbe o nepotismo na administração pública federal. O texto trata a prática como ato de improbidade administrativa e fixa pena de detenção de três meses a um ano para quem descumprir a regra. O Projeto de Lei 198/19 recebeu uma emenda do relator, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que transforma em nepotismo a nomeação de parente de autoridade para os cargos de ministro de Estado e embaixador. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o filho Eduardo Bolsonaro será indicado para comandar a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

Eduardo Bolsonaro defende diplomacia com armas

Prestes a ser indicado formalmente para assumir a embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu nesta quarta-feira, 14, a sinergia entre diplomacia e defesa nacional ao discursar na abertura do Seminário “Desafios à Defesa Nacional e o papel das Forças Armadas”, realizado na Câmara. “O próprio Frederico II, conhecido como O Grande, disse certa vez que ‘diplomacia sem armas é como música sem instrumentos’”, disse. Eduardo afirmou ainda que um país pacífico não é aquele que não tem armas e que o discurso do desarmamento que alguns fazem tem como pano de fundo “interesses sombrios de quem não tem projeto para a nação, mas só para si mesmo”.

Previdência sem capitalização

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), afirmou que o modelo de capitalização deve ficar fora da proposta que será apreciada na Casa. De acordo com ele, o tema foi “demonizado” na Câmara e pode contaminar algumas discussões, como a inclusão de Estados e municípios nas mudanças. “Eu pessoalmente sou favorável à capitalização dentro de um modelo mais elaborado. No entanto, acho que neste momento não é propício a discussão porque de alguma maneira ela já foi demonizada dentro de alguns círculos e na Câmara”, declarou o senador. A discussão sobre a capitalização, afirmou, não é urgente e pode ocorrer após a conclusão da reforma da Previdência. Colocar a capitalização na proposta paralela, junto com a inclusão de Estados e municípios, “pode contaminar algumas discussões que podem ser válidas”, disse Jereissati.

Anac distribui slots da Avianca em Congonhas para Passaredo, MAP e Azul

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou na tarde desta quarta-feira, 14, a distribuição dos 41 horários de pouso e decolagem que eram operados pela Avianca Brasil no aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Foram beneficiadas as empresas Azul, Passaredo e MAP, além da Two Flex na pista auxiliar. Segundo a Anac, a Azul ficou com 15 slots que eram da Avianca, Passaredo recebeu 14 horários e a MAP, 12 slots.  Houve, ainda, distribuição de 14 slots da pista auxiliar para a companhia Two Flex. A distribuição havia sido informada anteriormente pela Anac e agora foi confirmada pelo órgão. A Azul esperava obter a totalidade dos slots da pista principal argumentando que MAP e Passaredo não conseguiam operar na velocidade necessária em Congonhas.

WeWork abre números e mostra prejuízo de quase US$ 2 bi

Mais uma das startups de tecnologia que deve abrir capital neste ano, a empresa de espaços compartilhados WeWork divulgou na manhã desta quarta-feira, 14, números até então secretos de suas operações. O faturamento foi de 1,8 bilhão de dólares em 2018, alta de mais de 200% em relação a 2017. O faturamento cresceu mais de 400% desde 2016. O crescimento foi alto, mas o prejuízo também: as perdas foram de 1,9 bilhão de dólares no ano passado, o dobro do que foi perdido em 2017. Desde 2016, o prejuízo aumentou mais de 300%. Nos primeiros seis meses de 2019, a WeWork — que recentemente mudou o nome para The We Company — já perdeu 904,6 bilhões de dólares e teve faturamento de 1,5 bilhão. Os números seguem o caminho que vem se tornando tradicional entre as empresas de tecnologia que chegaram à bolsa neste ano, como os aplicativos de transporte Uber e Lyft, a rede de imagens Pinterest e o chat corporativo Slack.

O pacotão de Macri

A crise instalada com os resultados das prévias eleitorais argentinas, que colocaram Alberto Fernández 16 pontos à frente de Mauricio Macri, ganhou um novo e surrealista capítulo nesta quarta-feira. Macri deixou o chapéu de presidente reformista de lado e se rendeu ao populismo curto-prazista. A sua corrida é para reverter a vantagem da oposição até 27 de outubro, data do primeiro turno das eleições presidenciais. Ele anunciou um pacote de medidas emergenciais que incluem o segundo aumento de salário mínimo do ano, bônus salariais para funcionários da iniciativa privada e públicos, alívio da carga tributária para a classe média, uma moratória para pequenas e médias empresas e o congelamento dos preços dos combustíveis por 90 dias. “Essas medidas são porque escutei o que vocês quiseram me dizer no domingo”, afirmou.

EUA por Hong Kong

Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com a movimentação paramilitar da China ao longo da fronteira de Hong Kong, disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA nesta quarta-feira, 14, alertando que a erosão contínua da autonomia do território põe em risco seu status especial nas relações exteriores. O porta-voz reiterou um apelo dos EUA para que todos os lados evitem a violência e disse ser importante o governo de Hong Kong respeitar as liberdades de expressão e de reunião pacífica.“Os Estados Unidos fazem um apelo a Pequim com força a aderir aos seus compromissos de permitir que Hong Kong exercite um grau alto de autonomia”, disse em comunicado.

ONU acusa Paraguai de negligenciar uso de agrotóxicos

O Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas responsabilizou o Paraguai de violar liberdades fundamentais por não controlar adequadamente o uso de agroquímicos, o que causou a morte de uma pessoa e a intoxicação de pelo menos 22 na fumigação de plantações de soja. “Pedimos ao Paraguai que faça uma investigação efetiva e exaustiva e a punir todos os responsáveis, reparar integralmente as vítimas e publicar a sentença em um jornal de ampla circulação”, disse o comitê em comunicado. A ONU considera que, apesar de todas as denúncias, o Paraguai permitiu que as fumigações continuassem sem medida de proteção ambiental alguma. O comitê afirma que, além dos danos pessoais, a utilização desses produtos ilegais causou a contaminação da água, do solo e de cultivos, assim como um grande impacto nas condições de vida das comunidades afetadas.

Ativista sueca começa viagem de barco para os EUA

A sueca Greta Thunberg, ativista de 16 anos que luta contra a mudança climática, iniciou nesta quarta-feira, 14, uma viagem em direção a Nova York para participar de uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro a favor do clima. A ativista viaja a bordo de um veleiro de competição que não emite gás carbônico, comandado por Pierre Casiraghi, filho da princesa Caroline de Mônaco. No total, a viagem levará duas semanas. “Nos Estados Unidos, muitas pessoas não entendem e não aceitam a ciência”, declarou Greta Thunberg à AFP antes do início da viagem. “Farei o que sempre faço: ignorá-las e falar apenas o que diz a ciência”, afirmou a adolescente que originou um movimento global de greves escolares a favor do clima.

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