Caixas-pretas vão permitir esclarecer acidente do voo Rio-Paris
Investigadores franceses confirmaram que dados estão intactos, mas análise ainda deve demorar
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2011 às 18h50.
Paris - Investigadores franceses deram um importante passo para elucidar o mistério envolvendo o acidente com o voo Rio-Paris que causou a morte de 228 pessoas há quase dois anos, ao resgatarem as informações guardadas nas caixas-pretas do avião.
Os dados contidos nas duas caixas-pretas do Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no dia 1º de junho de 2009, estão intactos e poderão ser utilizados, informou o órgão francês encarregado das investigações.
O Bureau de Investigação e Análises (BEA) indicou que "os dados íntegros contidos" nas duas caixas-pretas que registram os parâmetros de voo e as conversas na cabine dos pilotos poderão ser compilados.
O BEA declarou, no entanto, que a análise das caixas-pretas que permaneceram 23 meses no fundo do oceano deve "levar várias semanas" e que um "comunicado público será divulgado este verão", esclareceu.
Para as famílias das vítimas brasileiras da catástrofe, "essa notícia é muito satisfatória", disse à AFP o presidente da Associação de Vítimas Brasileiras do voo AF447, Nelson Faria Marinho, que perdeu o filho na tragédia.
"Dois anos depois, esperamos finalmente saber a verdade!" acrescentou.
Das 228 vítimas, 72 eram francesas e 59 brasileiras.
"O mundo todo quer saber o que aconteceu. Trinta e dois países (de origem dos falecidos) querem saber", afirmou Marinho.
"Agora entramos em uma nova etapa. Não queremos vingança (...) queremos essencialmente é poder entender as causas, já que o objetivo final da nossa ação é melhorar a segurança aérea", afirmou à AFP o presidente da associação francesa de familiares das vítimas Jean-Baptiste Audousset.
Até o momento, os investigadores do BEA consideram que um defeito nos Pitots, sensores de velocidade do fabricante francês Thales, foi um dos fatores do acidente.
No entanto, consideram que apenas terão a explicação definitiva da tragédia se conseguirem analisar as caixas-pretas do avião.
Uma das caixas, o FDR (Flight Data Recorder), gravou todas as informações de voo do avião (velocidade, altitude e trajetória), enquanto a outra, o CVR (Cockpit Voice Recorder) contém todas as conversas dos pilotos e todos os sons e anúncios ouvidos na cabine do piloto.
Para a fabricante de aviões europeia Airbus, "a leitura das caixas ainda é o único meio de esclarecer as causas que precederam este drama", afirmou um porta-voz da empresa.
Marinho reiterou por outro lado que as famílias brasileiras desejam que "todos os corpos sejam trazidos à superfície, seja qual for o estado" para "tenham um lugar onde possam ser lembrados".
Na semana passada dois juízes franceses notficaram as famílias que os corpos das vítimas em estado avançado de decomposição não serão retirados do mar.
Paris - Investigadores franceses deram um importante passo para elucidar o mistério envolvendo o acidente com o voo Rio-Paris que causou a morte de 228 pessoas há quase dois anos, ao resgatarem as informações guardadas nas caixas-pretas do avião.
Os dados contidos nas duas caixas-pretas do Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no dia 1º de junho de 2009, estão intactos e poderão ser utilizados, informou o órgão francês encarregado das investigações.
O Bureau de Investigação e Análises (BEA) indicou que "os dados íntegros contidos" nas duas caixas-pretas que registram os parâmetros de voo e as conversas na cabine dos pilotos poderão ser compilados.
O BEA declarou, no entanto, que a análise das caixas-pretas que permaneceram 23 meses no fundo do oceano deve "levar várias semanas" e que um "comunicado público será divulgado este verão", esclareceu.
Para as famílias das vítimas brasileiras da catástrofe, "essa notícia é muito satisfatória", disse à AFP o presidente da Associação de Vítimas Brasileiras do voo AF447, Nelson Faria Marinho, que perdeu o filho na tragédia.
"Dois anos depois, esperamos finalmente saber a verdade!" acrescentou.
Das 228 vítimas, 72 eram francesas e 59 brasileiras.
"O mundo todo quer saber o que aconteceu. Trinta e dois países (de origem dos falecidos) querem saber", afirmou Marinho.
"Agora entramos em uma nova etapa. Não queremos vingança (...) queremos essencialmente é poder entender as causas, já que o objetivo final da nossa ação é melhorar a segurança aérea", afirmou à AFP o presidente da associação francesa de familiares das vítimas Jean-Baptiste Audousset.
Até o momento, os investigadores do BEA consideram que um defeito nos Pitots, sensores de velocidade do fabricante francês Thales, foi um dos fatores do acidente.
No entanto, consideram que apenas terão a explicação definitiva da tragédia se conseguirem analisar as caixas-pretas do avião.
Uma das caixas, o FDR (Flight Data Recorder), gravou todas as informações de voo do avião (velocidade, altitude e trajetória), enquanto a outra, o CVR (Cockpit Voice Recorder) contém todas as conversas dos pilotos e todos os sons e anúncios ouvidos na cabine do piloto.
Para a fabricante de aviões europeia Airbus, "a leitura das caixas ainda é o único meio de esclarecer as causas que precederam este drama", afirmou um porta-voz da empresa.
Marinho reiterou por outro lado que as famílias brasileiras desejam que "todos os corpos sejam trazidos à superfície, seja qual for o estado" para "tenham um lugar onde possam ser lembrados".
Na semana passada dois juízes franceses notficaram as famílias que os corpos das vítimas em estado avançado de decomposição não serão retirados do mar.