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Cadeiras da Olimpíada do Rio têm uma segunda vida secreta

Desde antes do começo da Olimpíada do Rio, empresa australiana está procurando um "segundo lar" para as cadeiras da competição

Cadeiras da Olimpíada: empresas do mundo todo brigam para comprar o lote das "sobras" de cadeiras em todas as edições do evento (REUTERS/Murad Sezer)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 14h24.

Da próxima vez que você achar que está mofando na sua cadeira do escritório, pense que ela talvez tenha uma história secreta glamorosa.

Desde muito antes do começo da Olimpíada do Rio , uma empresa australiana vem procurando um segundo lar para 135.000 cadeiras, 350 mesas de massagem portáteis, 900 bancos altos, 20.000 camas, 102.000 artigos elétricos, 600 cofres pequenos -- e até 2.500 lixeiras de aço inoxidável -- que tiveram breves momentos de glória (ou de vergonha) na Vila dos Atletas ou nas sedes da competição.

Mas se você quiser a cadeira dobrável de plástico branco de onde Michael Phelps nos olhava carrancudo, você também vai ter que ficar com um contêiner de mais de 12 metros cheio de cadeiras.

E vai ter que enfrentar a concorrência de empresas do mundo inteiro que costumam comprar esses itens para revender.

Na quarta-feira, por exemplo, restando um dia do período de leilão de três dias, foram feitos 14 lances -- o mais alto mostrado foi de US$ 5.136 -- por um lote de 4.000 dessas cadeiras avaliado em US$ 76.000. (Com esse lance, cada cadeira sairia por US$ 1,28).

A Olimpíada do Rio é a sexta para a qual a RGS Events, uma empresa familiar de Melbourne, Austrália, forneceu e descartou luminárias, móveis e equipamentos, desde os Jogos Olímpicos de Sidney em 2000.

Neste ano, ela fez uma parceria com a B-Stock Solutions, liquidadora online dos EUA, para se livrar de alguns dos bens.

A maioria dos compradores que fizeram lances no site para “comprar uma parte da Olimpíada do Rio 2016” era dos EUA, mas também foram realizadas vendas para compradores da Austrália, do Canadá, de Gana, da Arábia Saudita, da Espanha e do Reino Unido, disse Howard Rosenberg, CEO da B-Stock.

Muitos produtos usados durante esses 17 dias altamente televisionados acabarão indo para empresas que alugam mobiliário para festas, revendedores de móveis, escolas, empresas de limpeza ou de planejamento de eventos – e para “empreendedores que vendem de tudo”, que montam um mercado para esses itens, disse Rosenberg.

Ele disse que “centenas de contêineres de mais de 12 metros de coisas” foram vendidos. Paul Ramler, CEO da RGS Events, disse que mais de 90 por cento dos aproximadamente 1,3 milhão de itens do Rio foram reservados.

Alguns dos móveis da Olimpíada do Rio poderiam ser usados em outros eventos esportivos na América do Sul, disse Ramler; a empresa está em negociações para os Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires.

Alguns produtos irão para uma grande loja brasileira de móveis de escritório, Shopping Matriz.

O ideal seria que parte desse estoque fosse usado em outro evento em que a RGS está trabalhando, os Jogos da Commonwealth de 2018 na Austrália, mas o armazenamento durante dois anos é caro demais para que isso seja viável, acrescentou Ramler.

Mas Ramler ficou com algo importante usado em um evento esportivo: uma cadeira com o brasão real onde a rainha da Inglaterra se sentou no palco real dos Jogos da Commonwealth de Melbourne em 2016.

“Seria meio de mau gosto colocá-la à venda no eBay”, disse ele.

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Da próxima vez que você achar que está mofando na sua cadeira do escritório, pense que ela talvez tenha uma história secreta glamorosa.

Desde muito antes do começo da Olimpíada do Rio , uma empresa australiana vem procurando um segundo lar para 135.000 cadeiras, 350 mesas de massagem portáteis, 900 bancos altos, 20.000 camas, 102.000 artigos elétricos, 600 cofres pequenos -- e até 2.500 lixeiras de aço inoxidável -- que tiveram breves momentos de glória (ou de vergonha) na Vila dos Atletas ou nas sedes da competição.

Mas se você quiser a cadeira dobrável de plástico branco de onde Michael Phelps nos olhava carrancudo, você também vai ter que ficar com um contêiner de mais de 12 metros cheio de cadeiras.

E vai ter que enfrentar a concorrência de empresas do mundo inteiro que costumam comprar esses itens para revender.

Na quarta-feira, por exemplo, restando um dia do período de leilão de três dias, foram feitos 14 lances -- o mais alto mostrado foi de US$ 5.136 -- por um lote de 4.000 dessas cadeiras avaliado em US$ 76.000. (Com esse lance, cada cadeira sairia por US$ 1,28).

A Olimpíada do Rio é a sexta para a qual a RGS Events, uma empresa familiar de Melbourne, Austrália, forneceu e descartou luminárias, móveis e equipamentos, desde os Jogos Olímpicos de Sidney em 2000.

Neste ano, ela fez uma parceria com a B-Stock Solutions, liquidadora online dos EUA, para se livrar de alguns dos bens.

A maioria dos compradores que fizeram lances no site para “comprar uma parte da Olimpíada do Rio 2016” era dos EUA, mas também foram realizadas vendas para compradores da Austrália, do Canadá, de Gana, da Arábia Saudita, da Espanha e do Reino Unido, disse Howard Rosenberg, CEO da B-Stock.

Muitos produtos usados durante esses 17 dias altamente televisionados acabarão indo para empresas que alugam mobiliário para festas, revendedores de móveis, escolas, empresas de limpeza ou de planejamento de eventos – e para “empreendedores que vendem de tudo”, que montam um mercado para esses itens, disse Rosenberg.

Ele disse que “centenas de contêineres de mais de 12 metros de coisas” foram vendidos. Paul Ramler, CEO da RGS Events, disse que mais de 90 por cento dos aproximadamente 1,3 milhão de itens do Rio foram reservados.

Alguns dos móveis da Olimpíada do Rio poderiam ser usados em outros eventos esportivos na América do Sul, disse Ramler; a empresa está em negociações para os Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires.

Alguns produtos irão para uma grande loja brasileira de móveis de escritório, Shopping Matriz.

O ideal seria que parte desse estoque fosse usado em outro evento em que a RGS está trabalhando, os Jogos da Commonwealth de 2018 na Austrália, mas o armazenamento durante dois anos é caro demais para que isso seja viável, acrescentou Ramler.

Mas Ramler ficou com algo importante usado em um evento esportivo: uma cadeira com o brasão real onde a rainha da Inglaterra se sentou no palco real dos Jogos da Commonwealth de Melbourne em 2016.

“Seria meio de mau gosto colocá-la à venda no eBay”, disse ele.

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