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Cade multa empresas de embalagens por prática de cartel

As multas definidas somam mais de R$ 300 milhões; de acordo com o Conselho, o arranjo durou de 2001 a 2006

Práticas eram feitas no segmento de embalagens flexíveis, como as utilizadas para grãos, salgados processados e cafés, além de sacolas (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Práticas eram feitas no segmento de embalagens flexíveis, como as utilizadas para grãos, salgados processados e cafés, além de sacolas (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de julho de 2018 às 19h40.

Última atualização em 4 de julho de 2018 às 19h41.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou hoje (4) empresas, associações comerciais e dirigentes pela constituição de cartel e por práticas anticompetitivas no segmento de embalagens flexíveis, como as utilizadas para grãos, salgados processados e cafés, além de sacolas. As multas definidas somam mais de R$ 300 milhões.

Segundo o conselheiro responsável pelo caso, João Paulo de Resende, a apuração constatou acordos para dividir os clientes e fixar os preços. Esse tipo de medida ataca a concorrência em um segmento, garantindo a participação de mercado de cada empresa envolvida no esquema. Além disso, o Cade identificou práticas anticompetitivas como o intercâmbio de informações sensíveis entre os concorrentes.

Pelo esquema, foram condenadas as empresas Inapel Embalagens Flexíveis, Celocorte Embalagens, Embalagens Flexíveis Diadema, Peeqflex Embalagens, Alcoa Alumínio, Canguru Embalagens, Coverplast Embalagens e Santa Rosa Embalagens Flexíveis, que deverão pagar um total em multas de R$ 298,3 milhões. Dirigentes ligados às firmas também foram multados em valores que chegam a R$ 2,3 milhões.

De acordo com o Cade, o arranjo durou de 2001 a 2006. A investigação mapeou a participação também de entidades do setor - a Associação Brasileira de Embalagens Flexíveis (Abief) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens Laminadas (Abraflex), cujo papel era coordenar o acordo e a fixação dos preços. As duas organizações foram multadas em R$ 5,2 milhões.

No julgamento, realizado nesta quarta-feira, o conselho arquivou a investigação contra as empresas Itap Bemis, Bafema Indústria e Comércio, Shellmar Embalagem Moderna, Tecnoval Laminados Plásticos Ltda., Zaraplast, mas recomendou a abertura de processo contra a empresa Allpac.

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