Cabral precisa de tempo pra superar queda, diz líder do PMDB
Para Cunha, remédio agora é governar. "Todos (os governadores) têm que governar. A Dilma tem que governar e o Cabral tem que governar. Eleição é no ano que vem"
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2013 às 17h59.
Brasília - Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara dos Deputados, disse nesta quarta-feira que é preciso "distensionar" a antecipação do processo eleitoral e dar tempo para que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), corrija suas reações e supere o momento de queda de popularidade.
"O remédio agora é governar. Todos (os governadores) têm que governar. A Dilma tem que governar e o Cabral tem que governar. Eleição é no ano que vem", afirmou.
Segundo o peemedebista, as mobilizações contra Cabral têm cunho político. "Não estou vendo povo de verdade ali. São profissionais. Aquilo que está na porta do Cabral não é povo não, aquilo é orquestrado", concluiu.
O acampamento de jovens na porta da casa do governador, no Leblon (zona sul); a continuidade dos protestos; a reação da PM e a revelação de que um dos helicópteros oficiais é usado para levar o governador, a mulher, os filhos, a babá e o cachorro Juquinha à casa de veraneio em Mangaratiba pioraram a imagem de Cabral, no momento em que muitos governantes tiveram abalos na popularidade. A aprovação do governador do Rio chegou a apenas 12%, segundo pesquisa CNI/Ibope.
Cunha lembrou que as manifestações de junho foram contra todos os governantes e admitiu que Cabral teve "reações equivocadas" durante os protestos. "Ficaram na rua dele uma semana acampados e ele não reagiu, tinha de ter reagido. Passou uma imagem ruim, de falta de autoridade. Depois quando ele reagiu, talvez tenha reagido com uma virulência maior que o habitual. Ele tem que arrumar as reações. Se ele tiver as reações corretas, obviamente ele vai se recuperar", acredita.
Para o líder, que pretende conversar pessoalmente com o governador na próxima semana, é preciso "desestressar" do processo antecipado da sucessão de 2014 que, segundo ele, teria partido equivocadamente do PT e acabou contaminando as eleições regionais. "Não podemos viver (antecipadamente) a eleição", pregou. O deputado comparou a situação de Cabral a um jogo de futebol, onde o time leva três gols do adversário e precisa reagir, mas no momento adequado.
Em sua avaliação, as dificuldades enfrentadas hoje pelo governador do PMDB não beneficiam o deputado federal Anthony Garotinho (PR) ou o senador petista Lindbergh Farias, possíveis candidatos à sucessão de Cabral. "Quem vai ganhar com isso é um Freixo da vida", constatou o peemedebista, numa referência ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).
Cunha negou que Cabral esteja se sentindo desamparado pelos aliados, entre eles a presidente Dilma Rousseff e o prefeito Eduardo Paes (PMDB). "Não vejo o Paes se distanciando em nada", afirmou.
Brasília - Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara dos Deputados, disse nesta quarta-feira que é preciso "distensionar" a antecipação do processo eleitoral e dar tempo para que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), corrija suas reações e supere o momento de queda de popularidade.
"O remédio agora é governar. Todos (os governadores) têm que governar. A Dilma tem que governar e o Cabral tem que governar. Eleição é no ano que vem", afirmou.
Segundo o peemedebista, as mobilizações contra Cabral têm cunho político. "Não estou vendo povo de verdade ali. São profissionais. Aquilo que está na porta do Cabral não é povo não, aquilo é orquestrado", concluiu.
O acampamento de jovens na porta da casa do governador, no Leblon (zona sul); a continuidade dos protestos; a reação da PM e a revelação de que um dos helicópteros oficiais é usado para levar o governador, a mulher, os filhos, a babá e o cachorro Juquinha à casa de veraneio em Mangaratiba pioraram a imagem de Cabral, no momento em que muitos governantes tiveram abalos na popularidade. A aprovação do governador do Rio chegou a apenas 12%, segundo pesquisa CNI/Ibope.
Cunha lembrou que as manifestações de junho foram contra todos os governantes e admitiu que Cabral teve "reações equivocadas" durante os protestos. "Ficaram na rua dele uma semana acampados e ele não reagiu, tinha de ter reagido. Passou uma imagem ruim, de falta de autoridade. Depois quando ele reagiu, talvez tenha reagido com uma virulência maior que o habitual. Ele tem que arrumar as reações. Se ele tiver as reações corretas, obviamente ele vai se recuperar", acredita.
Para o líder, que pretende conversar pessoalmente com o governador na próxima semana, é preciso "desestressar" do processo antecipado da sucessão de 2014 que, segundo ele, teria partido equivocadamente do PT e acabou contaminando as eleições regionais. "Não podemos viver (antecipadamente) a eleição", pregou. O deputado comparou a situação de Cabral a um jogo de futebol, onde o time leva três gols do adversário e precisa reagir, mas no momento adequado.
Em sua avaliação, as dificuldades enfrentadas hoje pelo governador do PMDB não beneficiam o deputado federal Anthony Garotinho (PR) ou o senador petista Lindbergh Farias, possíveis candidatos à sucessão de Cabral. "Quem vai ganhar com isso é um Freixo da vida", constatou o peemedebista, numa referência ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).
Cunha negou que Cabral esteja se sentindo desamparado pelos aliados, entre eles a presidente Dilma Rousseff e o prefeito Eduardo Paes (PMDB). "Não vejo o Paes se distanciando em nada", afirmou.