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Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 17h33.
Rio - O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), afirmou nesta quarta-feira desconhecer possíveis mudanças na programação do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio por causa das manifestações programadas para ocorrer durante a visita.
Uma das demonstrações está sendo convocada, via Facebook, para a porta do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, em Laranjeiras, na segunda-feira, 22, onde Francisco, logo após a chegada, será recebido por Cabral.
No local, na quinta-feira, 11, um ato público degenerou em confronto, entre manifestantes e policiais militares, que se espalhou pelas ruas e bairros próximos. Foram usadas pedras e rojões pelos ativistas, e tiros de borracha e bombas de gás, pelos PMs. Vizinhos reclamaram do tumulto e da polícia.
"Que eu saiba, está tudo preparado para o Rio de Janeiro dar as boas-vindas ao papa Francisco, acho que é um momento muito especial", disse o governador do Rio, após participar da inauguração da Casa do Trabalhador, em Manguinhos, na zona norte.
"Esse grande calendário de eventos ter a presença do papa Francisco na sua primeira viagem internacional é um privilégio para nós, brasileiros. Tenho certeza que o Brasil e em especial o Rio de Janeiro darão sua demonstração de afeto, de respeito, independente inclusive da religião. Independente de qualquer tipo de visão religiosa, certamente, será um momento muito especial para o Rio de Janeiro e para o Brasil."
Cabral atribuiu ao que chamou de "antecipação do calendário eleitoral" no Estado a persistência de manifestações em frente ao Palácio Guanabara e perto do prédio onde mora, no Leblon, na zona sul da capital fluminense. "Isso é muito ruim, não para mim, mas para o Rio de Janeiro. Quero governar o Estado, quero, junto com a equipe, cuidar do governo, e alguns adversários políticos querem antecipar o calendário eleitoral. Não se ganha eleição no tapetão, se ganha na urna, no momento certo, debatendo ideias, foi assim que ganhei até hoje", declarou.