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Brasileiro tem raiva do Congresso, afirma New York Times

Em meio a onda de protestos no Brasil, jornal norte-americano publica reportagem sobre péssima imagem dos parlamentares no país.

Para New York Times, relação entre congresso nacional e população está se degenerando no Brasil (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 12h58.

São Paulo – O congresso brasileiro virou assunto das páginas do New York Times . Aproveitando a recente onda de protestos no país , o jornal norte-americano publicou reportagem comentando a indignação popular com seus parlamentares. No site da publicação, a foto de um torcedor pacífico barrado por policiais durante a Copa das Confederações ilustra bem a situação atual do Brasil.

"Em todo país, manifestantes vão às ruas aos milhares, desafogando sua raiva contra uma ampla gama de políticos e problemas", afirma o texto. Entre as principais queixas dos brasileiros, estariam os impostos caros e os serviços ruins.

O jornal destaca que o Congresso Nacional reúne parlamentares acusados de lavagem de dinheiro, corrupção, tráfico de drogas, sequestro e até assassinato. Citando dados do site Congresso em foco, a reportagem afirma que quase 200 legisladores (um terço do congresso) enfrentam acusações no Supremo Tribunal Federal.

"Até 2001, políticos não podiam sequer ser julgados sem a autorização do Congresso", afirma a reportagem sobre o poder exagerado dos congressistas brasileiros. Os salários de 175 mil dólares por ano e benefícios recebidos pelos parlamentares também são lembrados.

A reportagem cita a recente ordem prisão contra Natan Donadon, algo que não acontecia desde 1974 – quando a ditadura mandou prender um parlamentar que era contrário à visita do ditador chileno Augusto Pinochet ao país. Ao longo do texto, exemplos históricos mostram porque a imagem do Congresso hoje é tão ruim.

Exemplos

Em 1963, Arnon de Mello matou um colega parlamentar em pleno senado para fugir da prisão e foi inocentado. "O senador atirador era pai de Fernando Collor de Mello , que foi eleito presidente do Brasil em 1989 e foi cassado em meio a uma enxurrada de acusações de corrupção em 1992", explica o texto.

Além de Collor, o texto ainda lembra os nomes de Hildebrando Pascoal (identificado como "o congressista da motosserra", que foi eleito sob acusações de integrar esquadrão da morte) e Renan Calheiros (que teria a pensão alimentícia de um dos filhos financiada por um lobista e é hoje presidente do Senado Federal ).

"A frustração com os políticos tradicionais é tão grande que o Congresso agora conta com Francisco Everardo Oliveira Silva, um palhaço profissional mais conhecido como Tiririca, eleito em 2010 para a câmara baixa brasileira com mais votos do que qualquer outro candidato na história do país", afirma o texto - que cita ainda Romário (PSB-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) como exemplos de deputados eleitos em função da indignação.

Há duas semanas, um editorial do New York Times comentava o "despertar social" no Brasil.

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São Paulo – O congresso brasileiro virou assunto das páginas do New York Times . Aproveitando a recente onda de protestos no país , o jornal norte-americano publicou reportagem comentando a indignação popular com seus parlamentares. No site da publicação, a foto de um torcedor pacífico barrado por policiais durante a Copa das Confederações ilustra bem a situação atual do Brasil.

"Em todo país, manifestantes vão às ruas aos milhares, desafogando sua raiva contra uma ampla gama de políticos e problemas", afirma o texto. Entre as principais queixas dos brasileiros, estariam os impostos caros e os serviços ruins.

O jornal destaca que o Congresso Nacional reúne parlamentares acusados de lavagem de dinheiro, corrupção, tráfico de drogas, sequestro e até assassinato. Citando dados do site Congresso em foco, a reportagem afirma que quase 200 legisladores (um terço do congresso) enfrentam acusações no Supremo Tribunal Federal.

"Até 2001, políticos não podiam sequer ser julgados sem a autorização do Congresso", afirma a reportagem sobre o poder exagerado dos congressistas brasileiros. Os salários de 175 mil dólares por ano e benefícios recebidos pelos parlamentares também são lembrados.

A reportagem cita a recente ordem prisão contra Natan Donadon, algo que não acontecia desde 1974 – quando a ditadura mandou prender um parlamentar que era contrário à visita do ditador chileno Augusto Pinochet ao país. Ao longo do texto, exemplos históricos mostram porque a imagem do Congresso hoje é tão ruim.

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Em 1963, Arnon de Mello matou um colega parlamentar em pleno senado para fugir da prisão e foi inocentado. "O senador atirador era pai de Fernando Collor de Mello , que foi eleito presidente do Brasil em 1989 e foi cassado em meio a uma enxurrada de acusações de corrupção em 1992", explica o texto.

Além de Collor, o texto ainda lembra os nomes de Hildebrando Pascoal (identificado como "o congressista da motosserra", que foi eleito sob acusações de integrar esquadrão da morte) e Renan Calheiros (que teria a pensão alimentícia de um dos filhos financiada por um lobista e é hoje presidente do Senado Federal ).

"A frustração com os políticos tradicionais é tão grande que o Congresso agora conta com Francisco Everardo Oliveira Silva, um palhaço profissional mais conhecido como Tiririca, eleito em 2010 para a câmara baixa brasileira com mais votos do que qualquer outro candidato na história do país", afirma o texto - que cita ainda Romário (PSB-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) como exemplos de deputados eleitos em função da indignação.

Há duas semanas, um editorial do New York Times comentava o "despertar social" no Brasil.

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