Site da "Aprendizagem para um Mundo sem Pobreza": futuramente o espaço servirá de plataforma para trocas de experiências virtuais de combate à fome e à pobreza, disse ministra (Reprodução/wwp.org.br)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2014 às 17h31.
Rio de Janeiro - O governo brasileiro, em parceria com o Banco Mundial (Bird) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (Pnud), lançou hoje (21), no Rio de Janeiro, a iniciativa Aprendizagem para um Mundo sem Pobreza (WWP).
Em um primeiro momento, o objetivo do trabalho é disseminar experiências brasileiras de sucesso na assistência social e combate à pobreza para profissionais da área de políticas sociais de outras nações, por meio do site wwp.org.br.
A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, explicou que futuramente o espaço servirá de plataforma para trocas de experiências virtuais de combate à fome e à pobreza.
"Nosso desejo é que possamos recepcionar experiências bem sucedidas de outros países, não apenas com resumo e avaliação de impacto, como também com dicas de como implementar esses programas e como torná-los bem sucedidos em outros países", declarou a ministra. "Não queremos um depósito de documentos aleatórios apenas", comentou, ao dizer que a plataforma terá vídeos, experiências gravadas com visita in loco, informações que sirvam de ferramentas de trabalho, sem que os gestores estrangeiros precisem sair de seus países.
O site foi lançado durante o Fórum de Aprendizagem Sul-Sul 2014, promovido pelo Banco Mundial, que reuniu durante quatro dias formuladores de políticas, gestores e técnicos de programas sociais de 50 países em desenvolvimento para desenhar e implementar sistemas de proteção social e trabalho.
O site deverá também oferecer redes interativas em que os participantes poderão fazer perguntas e opinar sobre pontos práticos das políticas apresentadas.
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, informou que as trocas, perguntas e opiniões também servirão para que o Brasil aprimore suas políticas ou mesmo crie novas, com base em experiências de outros lugares.
Ele deu como exemplo o Programa de Microcrédito Produtivo Orientado (Crediamigo), criado em Blangadesh e adaptado no Brasil. "Em muitos casos, não temos ideia do que está sendo feito. Por isso, precisamos ter esse banco de conhecimento conjunto, de memória coletiva de troca, que é muito útil".
O presidente do Programa das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, e a diretora do Banco Mundial para o Brasil, Deborah Wetzel, disseram que o apoio à iniciativa visa, principalmente, a passar da teoria para a prática, e os resultados de sucesso do governo brasileiro podem ajudar outros países que enfrentam grandes desigualdades sociais.
"É um exemplo que vale a pena mostrar a todos os países do mundo para que aprendam lições, e por isso escolhemos o país como líder nessa questão", explicou Deborah. Ela esclareceu que o Banco Mundial tem parcerias similares com outros países para a disseminação de conhecimento de políticas públicas. "Na China, por exemplo, temos uma parceria sobre transporte urbano; na África do Sul, sobre saúde", mencionou ela.