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Brasil fica em 15º em ranking de eficiência energética

Na lista de 16 países, o Brasil ganha apenas do México


	Energia: o pior desempenho do país foi no tópico da Indústria
 (Paulo Santos/Reuters)

Energia: o pior desempenho do país foi no tópico da Indústria (Paulo Santos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 13h42.

São Paulo - O Brasil aparece em 15º lugar entre os 16 maiores países do mundo em um ranking sobre eficiência energética, ganhando apenas do México.

Segundo um novo estudo publicado pelo Conselho Americano por uma Economia com mais Eficiência Energética (ACEEE, na sigla em inglês), o país mais eficiente do mundo nesse quesito é a Alemanha, seguida pela Itália e com o agregado da União Europeia em terceiro lugar.

Entre os países do grupo Bric, a China aparece em 4ª lugar, a Índia fica com a 11ª posição e a Rússia no fim da lista (14º).

O ACEEE elaborou o ranking dividindo a avaliação em quatro áreas, cada uma com uma pontuação máxima de 25 pontos. No total, o Brasil obteve 30 pontos, dos 100 possíveis. O pior desempenho do País foi no tópico da Indústria, no qual recebeu apenas 2 pontos.

No item Esforços Nacionais foram obtidos 4 pontos, com mais 10 pontos em Construções. A área em que os brasileiros se saíram melhor foi Transportes, com 14 pontos e a quinta posição no ranking global. Ajudou o fato de os brasileiros usarem bastante o transporte público, respondendo por 37% da distância percorrida.

"A política energética no Brasil enfatiza basicamente a produção de energia renovável, deixando uma grande quantidade de eficiência energética intocada", diz o relatório. No lado positivo, o Brasil se destaca pela taxa de investimentos em ferrovias, que é a maior entre todos os países analisados.

Para cada US$ 1 investido em rodovias no País, US$ 1,28 é investido em ferrovias. A política nacional sobre uso e conservação de água também foi elogiada. O estudo aponta, porém, que apesar de o governo ter estabelecido um plano nacional sobre mudanças climáticas, não existe uma política nacional sobre economia de energia.

Entre os pontos nos quais o Brasil tem bastante a melhorar, o ACEEE lembra que não existem padrões obrigatórios para instalações elétricas em prédios e residências e que as exigências sobre eficiência energética só se aplicam a poucos equipamentos eletroeletrônicos.

O relatório também diz que o País se beneficiaria de acordos voluntários entre os setores público e privado para melhorar a eficiência energética na indústria, que incluiriam a criação de cargos específicos para cuidar dessa questão ou o estabelecimento de auditorias periódicas.

México e Brics

Grande rival do Brasil na preferência dos investidores entre os países da América Latina, o México tem a pior eficiência energética entre as economias analisadas pelo ACEEE.

Os problemas se concentram principalmente na indústria, mas o estudo também ressalta a necessidade de mais recursos para pesquisa e desenvolvimento e um maior investimento em ferrovias.

A Rússia, por sua vez, aparece junto com Brasil e México no fim da tabela. A intensidade energética nas residências russas é uma das maiores do mundo, com políticas muito fracas para estimular a economia de energia. Além disso, as termoelétricas do país também estão entre as menos eficientes.

Já Índia e China estão melhor colocadas no ranking. Em ambos os casos, o forte uso do transporte público é um ponto positivo, enquanto os chineses também se destacam pelos estímulos aos veículos híbridos e elétricos, embora a eficiência energética nas indústrias do país ainda seja muito baixa.

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