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Brasil e EUA se comprometem a impulsionar comércio

Atualmente país é apenas o décimo maior parceiro comercial dos americanos

O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, é um dos participantes de encontro nos EUA sobre o comércio entre os dois países (Elza Fiúza/ABr/Arquivo)

O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, é um dos participantes de encontro nos EUA sobre o comércio entre os dois países (Elza Fiúza/ABr/Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2010 às 17h11.

Washington - Representantes de Estados Unidos e Brasil se comprometeram nesta terça-feira a incentivar o comércio bilateral, cujo potencial estaria "subutilizado", durante um encontro empresarial em Washington.

"Enquanto os Estados Unidos são a maior economia do mundo e o Brasil é a oitava, nosso comércio bilateral representa apenas um quarto de 1% do comércio mundial", indicou a representante comercial adjunta americana, Miriam Sapiro.

"Podemos e devemos fazer mais", disse Sapiro, lembrando que em 2009 o comércio bilateral Brasil-EUA chegou a 46,2 bilhões de dólares.

Atualmente, o Brasil é o décimo parceiro comercial de Washington. Na América Latina, no entanto, sobe para o segundo lugar, atrás apenas do México, segundo a representante.

"Obviamente estamos subutilizando nosso grande potencial", afirmou.

Sapiro elogiou o fato de que um dos objetivos do segundo encontro de innovação Brasil-Estados Unidos, que acontece em Washington, com participação de dezenas de empresários e funcionários dos dois países, seja lançar um plano de três a cinco anos para solucionar os obstáculos ao comércio.

O Brasil enfrenta "vários desafios para alcançar seu potencial competitivo completamente", disse Sapiro, enumerando entre eles um complexo sistema fiscal e investimentos insuficientes em infraestrutura.

"Os dois países têm uma excelente vontade" de impulsionar o comércio bilateral, declarou por sua vez o ministro brasileiro de Indústria e Comércio, Miguel Jorge.

Quanto à polêmica causada pelos subsídios americanos ao algodão, resolvida em junho quando Brasília e Washington concordaram em negociar uma soluçaõ e o Brasil aceitou não aplicar as represálias autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), Jorge indicou que "os dois países aprenderam muito" com esta disputa.

"O que é surpreendente sobre as negociações em relação ao tema do algodão é que ambos chegamos à mesa de diálogo com boa vontade", destacou Thomas Shannon, embaixador americano em Brasília.

"Muita gente se surpreendeu por termos chegado a um acordo tão rapidamente", disse Jorge.

Em dezembro de 2009, o Brasil foi autorizado pela OMC a aplicar medidas compensatórias no valor de 830 milhões de dólares por ano, depois de denunciar os subsídios americanos ilegais. Brasília, no entanto, preferiu não levar as medidas adiante antes de negociar uma solução definitiva com os Estados Unidos.

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