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Brasil e Itália defendem acordo entre Mercosul e UE 'o quanto antes'

Presidente do país eupeu se reuniu com Lula na terça-feira e fará visita a estados brasileiros

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, por ocasião de sua visita de Estado ao Brasil, no Palácio do Itamaraty (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, por ocasião de sua visita de Estado ao Brasil, no Palácio do Itamaraty (Antônio Cruz/Agência Brasil)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 16 de julho de 2024 às 06h51.

Última atualização em 16 de julho de 2024 às 06h54.

Os presidentes de Brasil e Itália defenderam nesta segunda-feira, 15, em Brasília, que Mercosul e União Europeia (UE) cheguem "rapidamente" a um acordo comercial definitivo, estagnado devido à resistência de alguns países europeus.

"Como fiz na recente Cúpula do Mercosul em Assunção, reiterei ao presidente italiano o interesse do Brasil em concluir, o quanto antes, um acordo com a União Europeia que seja equilibrado e que contribua para o desenvolvimento das duas regiões",afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao término de um encontro com Sergio Mattarella no Palácio do Planalto, em Brasília.

"Explicitei que o avanço das negociações depende de os europeus resolverem suas próprias contradições internas", acrescentou.

Por sua vez, o presidente italiano considerou "indispensável chegar rapidamente a uma decisão histórica entre duas grandes realidades de cooperação e paz, como o Mercosul e a União Europeia".

"O tecido de colaborações entre integrações continentais é um elemento que garante e promove a paz mundial", afirmou, de acordo com a tradução para o português de seu discurso.

Os dois blocos negociam há mais de duas décadas um acordo de livre-comércio que prevê eliminar a maioria das tarifas entre as duas regiões, criando assim um espaço comercial com mais de 700 milhões de consumidores.

O acordo enfrenta resistência de alguns países europeus, especialmente da França, cujo setor agropecuário teme a concorrência dos produtos agrícolas sul-americanos.

"Medidas como a taxa de carbono imposta de forma unilateral pela União Europeia podem afetar cinco dos dez produtos brasileiros mais exportados para o mercado italiano", alertou Lula. 

Na primeira visita oficial de um presidente da Itália ao Brasil em 24 anos, também foram discutidos temas como as guerras na Ucrânia e em Gaza, a transição energética e o combate à fome.

Até sexta-feira, Mattarella tem previstas escalas em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, estado que foi devastado pelas inundações em maio.

A visita ocorre no contexto das comemorações do 150º aniversário da imigração italiana no Brasil, que abriga a maior comunidade italiana no exterior, com mais de 35 milhões de descendentes de italianos no território brasileiro.

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