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Brasil deve bater recorde histórico de turismo em 2025

Número de estrangeiros no país atingiu 8,3 milhões até novembro e deve superar 9 milhões no ano

Saguão do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo: Brasil bateu recorde de turismo em 2025 (Germano Lüders/Exame)

Saguão do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo: Brasil bateu recorde de turismo em 2025 (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 08h03.

O Brasil bateu, em 2025, seu recorde de entrada de turistas estrangeiros. Até novembro, já haviam chegado 8,3 milhões de pessoas, e a expectativa é que o país atinja 9 milhões até o fim do ano.

O volume deste ano é 40,6% maior que o contabilizado no mesmo período do ano passado.

O penúltimo mês de 2025 também foi o melhor de toda a série histórica e teve 704.159 visitantes vindo de outros países desembarcando em solo brasileiro. Os dados são da Embratur, agência estatal que divulga o Brasil no exterior, do Ministério do Turismo e da Polícia Federal.

“É um ano excepcional para o turismo em nosso país e vamos ultrapassar os 9 milhões de visitantes internacionais", disse Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

Latino-americanos lideram

A Argentina segue como maior país emissor de turistas para o Brasil. Em 11 meses de 2025, os destinos brasileiros registraram a chegada de 3,1 milhões de pessoas, dado 82,1% maior que no mesmo período de 2024.

O segundo lugar entre os maiores emissores fica com o Chile, com 721.497 entradas entre janeiro e novembro de 2025. Em termos percentuais, o país registrou um crescimento de 24,4%.

Em terceiro lugar estão os Estados Unidos, com 677.888 chegadas e crescimento de 5,8%, seguido pelo Uruguai, com 487.514 turistas e 37,2% de aumento em relação ao período de janeiro a novembro de 2024, e em quinto, o Paraguai, com 454.327 desembarques estrangeiros, aumento de 14,4%.

Uso de dados

Para aumentar o número de turistas, a Embratur adotou uma série de táticas, como a de divulgar novos destinos e fazer propaganda cruzada entre as cidades.

Marcelo Freixo, presidente da Embratur, contou à EXAME que o ponto de partida foi a inteligência de dados, que levou à criação de estratégias direcionadas para cada público e país. As iniciativas foram unidas em um projeto chamado Plano Brasis.

“O plano define diretrizes claras, desde a estratégia nacional até os planos de ação regionais, orientando estados e seus destinos turísticos a agir de forma integrada, sustentável e orientada por resultados”, diz Freixo.

"No caso da América Latina, o avanço é reflexo direto de uma estratégia de integração regional, pautada no estreitamento de laços culturais e na reconstrução de pontes históricas”, afirma.

“Implementamos estratégias personalizadas para cada mercado, como Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Colômbia, priorizando conectividade aérea e experiências culturais autênticas", prossegue. 

Propaganda cruzada

Uma das táticas é divulgar, em parceria com cidades estrangeiras, cidades brasileiras menos conhecidas no exterior, como Belo Horizonte. Assim, houve maior divulgação da capital mineira em Santiago, no Chile, e do turismo no Chile entre os mineiros.

Santiago e BH também têm voos diretos, o que facilita as viagens entre os dois destinos.

O projeto da Embratur prevê, ainda, a divulgação de mais destinos pelo Brasil, de modo a espalhar o turismo por mais cidades e estados do país.

“O Brasil tem uma oferta muito grande de experiências novas para o turista latino. Muitos passaram a conhecer em maior volume neste ano destinos como os Lençóis Maranhenses, as nossas chapadas Diamantina, dos Veadeiros, a dos Guimarães e a das Mesas; ou nossas cidades históricas no interior de Minas e de Goiás, por exemplo”, diz Freixo.

“O próprio interior do Rio de Janeiro passou a integrar a rota do turista latino, que antes se limitava apenas à capital”, afirma.

Planos para 2026

Freixo diz que o aumento do volume de turistas de fora deve continuar em 2026, puxado por mais rotas aéreas e pelo velho boca a boca.

“Nossa inteligência de dados já identifica que deveremos manter uma trajetória de crescimento para o primeiro trimestre de 2026 em mercados-chave como Argentina, Colômbia e Peru. Isso se deve ao contínuo incremento de conectividade, com o anúncio de novas rotas para novos destinos brasileiros”, diz Freixo.

“Toda essa gente vai indicar para amigos, familiares e esse movimento só tende a crescer”, diz. 

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