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Brasil ainda desconfia de ganho com Olimpíadas, diz Guardian

Vai ter Olimpíada, mas brasileiros ainda não entraram no clima, sugere jornal britânico

Anéis olímpicos já foram instalados no Parque de Madureira, Rio de Janeiro: brasileiros ainda não entraram no clima (REUTERS/Ricardo Moraes)

Talita Abrantes

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 18h51.

São Paulo – Falta um ano para que a pira olímpica seja acesa no Rio de Janeiro (RJ), mas – segundo o jornal The Guardian – os brasileiros ainda não compraram a ideia de que todo o esforço para sediar as Olimpíadas de 2016 trará retornos concretos para o país.

Em reportagem publicada nesta terça-feira, o jornal britânico afirma que  a capital fluminense não deve repetir os erros que levaram o Brasil a terminar as obras da Copa do Mundo de 2014 na correria do último minuto.

No entanto, segundo a publicação, o governo ainda precisa provar que os 39,2 bilhões de reais destinados para o evento vão valer a pena.

Pelo menos no discurso, o Rio de Janeiro parece ter clareza sobre os ganhos que os jogos trarão para o município.

“Para cada 6 dólares investidos nas Olímpiadas, [os organizadores] afirmam que apenas 1 dólar é destinado para o esporte e o restante vai para infraestrutura ”, diz o texto.

A prefeitura também garante que as obras feitas exclusivamente para o megaevento não virarão "elefantes brancos" - termo que descreve obras caras, mas sem utilidade prática. A gestão municipal planeja transformá-las em escolas, centros de treinamento ou de lazer assim que os jogos terminarem.

Mesmo assim, nota a reportagem, os brasileiros permanecem céticos sobre eventuais vantagens - afinal, eles “ouviram promessas similares sobre os Jogos Pan-Americanos e Copa do Mundo que foram subsequentemente quebradas”, diz o texto.

Para além da frustração com eventos anteriores, a crise econômica, os escândalos de corrupção no setor público e o envolvimento da CBF no esquema de pagamento de propinas da FIFA colaboram para o desencanto com as Olimpíadas de 2016.

“Estes são tempos difíceis para o Brasil”, afirma a reportagem ao elencar os efeitos das investigações da Operação Lava Jato e o pífio desempenho econômico.

“O futebol, que sempre foi uma fonte de consolo nacional, oferece escasso alívio diante do caso de propina na Fifa e das memórias dolorosas do humilhante 7 a 1 na Copa Do Mundo”, diz o texto.

Na próxima quarta-feira, 5 de agosto, faltarão exatos 365 dias para o início das Olimpíadas. Apesar da contagem regressiva cada vez mais curta, a demanda por ingressos ainda está modesta, segundo a reportagem. Ao que tudo indica, desta vez, a corrida contra o tempo pode ser de outro tipo.

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São Paulo – Falta um ano para que a pira olímpica seja acesa no Rio de Janeiro (RJ), mas – segundo o jornal The Guardian – os brasileiros ainda não compraram a ideia de que todo o esforço para sediar as Olimpíadas de 2016 trará retornos concretos para o país.

Em reportagem publicada nesta terça-feira, o jornal britânico afirma que  a capital fluminense não deve repetir os erros que levaram o Brasil a terminar as obras da Copa do Mundo de 2014 na correria do último minuto.

No entanto, segundo a publicação, o governo ainda precisa provar que os 39,2 bilhões de reais destinados para o evento vão valer a pena.

Pelo menos no discurso, o Rio de Janeiro parece ter clareza sobre os ganhos que os jogos trarão para o município.

“Para cada 6 dólares investidos nas Olímpiadas, [os organizadores] afirmam que apenas 1 dólar é destinado para o esporte e o restante vai para infraestrutura ”, diz o texto.

A prefeitura também garante que as obras feitas exclusivamente para o megaevento não virarão "elefantes brancos" - termo que descreve obras caras, mas sem utilidade prática. A gestão municipal planeja transformá-las em escolas, centros de treinamento ou de lazer assim que os jogos terminarem.

Mesmo assim, nota a reportagem, os brasileiros permanecem céticos sobre eventuais vantagens - afinal, eles “ouviram promessas similares sobre os Jogos Pan-Americanos e Copa do Mundo que foram subsequentemente quebradas”, diz o texto.

Para além da frustração com eventos anteriores, a crise econômica, os escândalos de corrupção no setor público e o envolvimento da CBF no esquema de pagamento de propinas da FIFA colaboram para o desencanto com as Olimpíadas de 2016.

“Estes são tempos difíceis para o Brasil”, afirma a reportagem ao elencar os efeitos das investigações da Operação Lava Jato e o pífio desempenho econômico.

“O futebol, que sempre foi uma fonte de consolo nacional, oferece escasso alívio diante do caso de propina na Fifa e das memórias dolorosas do humilhante 7 a 1 na Copa Do Mundo”, diz o texto.

Na próxima quarta-feira, 5 de agosto, faltarão exatos 365 dias para o início das Olimpíadas. Apesar da contagem regressiva cada vez mais curta, a demanda por ingressos ainda está modesta, segundo a reportagem. Ao que tudo indica, desta vez, a corrida contra o tempo pode ser de outro tipo.

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