São Paulo – Não bastasse o status de ídolo entre movimentos conservadores, agora o deputado Jair Bolsonaro (PP) passou a ganhar presentes de seus seguidores. Há dois domingos, um eleitor pagou a conta da mesa do parlamentar em um restaurante de luxo no Rio de Janeiro, estimada em R$ 360 pela revista Época.
“Um pequeno agradecimento pelo seu esforço em prol deste ‘falido’ Brasil. Obrigado”, dizia o bilhete postado pelo deputado em sua página no Facebook.
“Agradeci ao autor que insistiu em manter a cortesia, e ainda me disse muito obrigado”, afirma Bolsonaro. “Pagar algo para um político no Brasil é quase inacreditável...” (Veja abaixo)
O lado oposto
Enquanto é adorado por alguns, outros veem em Jair Bolsonaro uma das mais controversas figuras do Congresso. O deputado tem longo histórico de polêmicas envolvendo declarações contra homossexuais e outras minorias.
Nessa semana, além de bater boca com o deputado Orlando Silva (PCdoB) em meio ao plenário por conta de deliberações a respeito dos pedidos de impeachment de Dilma Rousseff, o deputado foi condenado a pagar R$ 10 mil de indenização à Maria do Rosário (PT), por ter dito (também em plenário) que não a estupraria porque “ela não merece”.
Ainda este ano, em abril, a Justiça do Rio de Janeiro também condenou o deputado a pagar uma indenização de R$ 150 mil por declarações contra os homossexuais feitas no programa CQC, da TV Bandeirantes.
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1/12 (Thinkstock)
São Paulo – O deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) se envolveu numa polêmica nesta semana após a repercussão de uma entrevista publicada no jornal britânico The Guardian no final de junho. Bessa, que é relator do projeto de redução da maioridade penal, disse em entrevista que no futuro será possível detectar tendências
criminosas em
bebês ainda no útero. Nesses casos, de acordo o deputado, as mães não teriam permissão de dar à luz. Esse não foi o primeiro episódio em que
políticos compartilharam opiniões absurdas. Navegue pelos slides e relembre outros casos.
*Matéria atualizada às 11h45 para incluir o posicionamento dos parlamentares sobre o assunto.
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2/12 (Montagem/Exame.com)
Como Bessa explicou a frase: Após a repercussão, o deputado se manifestou por meio de nota e disse ter se expressado mal na entrevista ao jornal. Ele lamentou que “uma frase mal colocada possa estar sendo usada para diminuir um tema tão importante para o futuro do Brasil”.
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3/12 (Montagem/Exame.com)
Como Maluf explicou a frase: Numa
entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo em 2008, Maluf justificou que a frase foi dita numa conferência em Belo Horizonte, onde dizia que o estupro era um crime hediondo, e que o estupro seguido de morte mereceria prisão perpétua. "Se tem alguém que adora defender as mulheres, é o Paulo Maluf", disse ele.
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4/12 (Montagem/Exame.com)
Como Feliciano explicou a frase: Logo após a publicação, o deputado disse, em
entrevista ao UOL que as mensagens foram publicadas por assessores, sem a sua aprovação e que não as considerava racistas.
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5/12 (Montagem/Exame.com)
Como Bolsonaro explicou a frase: O deputado repetiu a opinião em outros programas de televisão e disse que não retiraria "nenhuma palavra do que disse". A postura de Bolsonaro foi reprovada pela maior parte dos parlamentares.
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6/12 (Montagem/Exame.com)
Como Marta Suplicy explica a frase: No dia seguinte à declaração, a deputada divulgou uma nota oficial pedindo desculpas "aos turistas e a todos os brasileiros pela frase infeliz que proferi hoje, ao término de uma entrevista coletiva. Não tive por intenção desdenhar, muito menos minimizar os transtornos que estão sendo enfrentados pelos usuários do transporte aéreo".
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7/12 (Montagem/Exame.com)
Como Bolsonaro explica a frase: A reação ao comentário de Bolsonaro foi imediata. No dia seguinte, o deputado disse que entendeu a pergunta errada. "O que eu entendi foi o seguinte: 'Se o seu filho tivesse um relacionamento com um gay, como você se comportaria?'", disse na época.
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8/12 (Montagem/Exame.com)
Como Moraes explica a frase: A polêmica declaração de Moraes foi dada quando ele era relator de um processo contra o ex-deputado Edmar Moreira (PR-MG), que ganhou notoriedade por possuir um castelo no interior de Minas Gerais e foi investigado por ter destinado recursos de verba indenizatória da Câmara para empresas de sua propriedade. Moraes pretendia absolver Moreira e, quando foi questionado sobre a possível reação da opinião pública, disse a frase que o deixou famoso.
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9/12 (Montagem/Exame.com)
Como Bolsonaro explica a frase: Na época, a deputada apresentou queixa-crime no Supremo Tribunal Federal acusando Bolsonaro de cometer crimes de calúnia e injúria. Em sua defesa, Bolsonaro negou as acusações, alegando que tinha "mãe, esposa, filha, três irmãs, sobrinhas, primas e inúmeras amigas" e, por isso, "jamais agrediria alguém pelo fato de ser mulher".
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10/12 (Montagem/Exame.com)
Como Clodovil explicou a frase: "Eu cresci enfeitando as mulheres e, tenho consciência disso, foi só por isso que eu cheguei onde eu cheguei. Os meus votos são das mães de família, das pessoas que acreditam na televisão limpa que seu sempre fiz. Agora, é evidente: agradar a todos é impossível. Se Jesus não agradou, por que eu, um pobre mortal, agradaria a todos?", disse na época.
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11/12 (Montagem/Exame.com)
Como Feliciano explicou a frase: Depois da polêmica, o deputado disse que a mensagem foi uma resposta a ataques que diz sofrer de grupos defensores da causa dos homossexuais.
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12. Veja agora a opinião dos brasileiros sobre temas que dividem a sociedade
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12/12 (ThinkStock/BrianAJackson)