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Bolsonaro: “juros ainda altos”; Erdogan perde Istambul; Lava-Jato quer manter Palocci

ISTAMBUL: eleitores comemoram vitória de Ekrem Imamoglu, opositor do presidente Recep Erdogan / REUTERS/Kemal Aslan
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2019 às 07h04.

Última atualização em 24 de junho de 2019 às 07h32.

Bolsonaro: “juros ainda altos”

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a avaliar, na tarde deste domingo, 23, que os juros estão altos no Brasil. Em um post no Twitter, acompanhado de um vídeo com elogios e detalhes do Plano Agrícola e Pecuário 2019/2020, anunciado terça-feira, 18, Bolsonaro escreveu: “Boas notícias para o campo, mas reconhecemos que os juros ainda estão altos no Brasil”. A postagem do presidente foi retuítada, entre outros, pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

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Lava-Jato quer manter Palocci

A força-tarefa da Operação Lava Jato solicitou ao juiz federal Luiz Antonio Bonat, da 13.ª Vara Federal, que mantenha sob sua competência um inquérito ligado ao ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil – Governos Lula e Dilma). O Ministério Público Federal manifestou-se de forma contrária ao pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que a investigação seja remetida, na ordem, à Justiça Eleitoral ou à Estadual ou à Federal de Brasília ou de São Paulo. A defesa de Lula alegou a incompetência da 13.ª Vara Federal ‘para supervisionar as investigações’. Os advogados argumentaram que “há inúmeros elementos indiciários a sugerir a prática de crimes de natureza eleitoral e, subsidiariamente, que a Justiça Estadual detém competência para exercer o controle sobre as investigações”.

Opositor vence em Istambul

O candidato opositor Ekrem Imamoglu, do partido social-democrata CHP, foi eleito prefeito de Istambul, neste domingo. Com a vitória de hoje da oposição, é a primeira vez em 25 anos que a maior cidade da Turquia não será comandada pelo partido do presidente turco Recep Tayyip Erdogan. De acordo com a agência estatal de notícias, Imamoglu recebeu 54% de 95% dos votos apurados, enquanto o candidato governista Binali Yildirim, do partido da justiça e do desenvolvimento AKP, recebeu 45%. Yildirim, ex-primeiro-ministro turco, admitiu a derrota e parabenizou o concorrente.

Plano de paz para Oriente Médio

Os Estados Unidos anunciaram neste sábado que o plano de paz para o Oriente Médio que apresentarão nos próximos dias no Barein busca levantar mais de 50 bilhões de dólares e criar 1 milhão de postos de trabalho para os palestinos. Ao revelar detalhes do plano, batizado de Da Paz à Prosperidade, o governo de Donald Trump disse que a iniciativa pretende reformar a economia palestina, gerar mais investimentos estrangeiros e melhorar radicalmente a infraestrutura e governança interna na Cisjordânia e Faixa de Gaza. A conferência será realizada na terça e quarta-feira em Manama, liderada pelo genro e conselheiro do presidente americano, Jared Kushner.

Uma questão contra Johnson

Relatos de uma acalorada discussão durante a madrugada entre Boris Johnson e sua namorada levantaram neste domingo um debate sobre o quanto isso afetaria sua campanha para se tornar o próximo primeiro-ministro do Reino Unido e sua viabilidade para assumir o cargo, para o qual ele é atualmente o favorito. Pesquisas conduzidas pelo jornal Mail on Sunday antes e depois de reportagens de capa sobre a discussão mostram que a vantagem de Johnson sobre o rival Jeremy Hunt, ministro das Relações Exteriores, evaporou entre todos os eleitores e diminuiu mesmo entre conservadores.

Tchecos pedem saída de premier

Uma manifestação reuniu neste domingo cerca de 250 mil pessoas em Praga, segundo os organizadores e a imprensa local, para pedir a renúncia do premier tcheco, Andrej Babis, suspeito de fraude, no maior protesto no país desde a queda do comunismo, em 1989. A mobilização foi organizada por Mikulas Minar, reponsável pela ONG Um Milhão de Momentos para a Democracia. Os participantes se dirigiram simbolicamente até a esplanada de Letna, lugar memorável de protestos gigantescos contra o antigo regime totalitário em 1989, em que o dramaturgo e dissidente Vaclav Havel, futuro presidente, dirigia-se à multidão.

O novo diretor da FAO

O chinês Qu Dongyyu foi eleito neste domingo diretor geral da Agência da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO), confirmando o interesse da China em temas alimentares e em cargos de alta responsabilidade em instâncias internacionais. Qu, 55, biólogo e vice-ministro da Agricultura em seu país, é o primeiro chinês neste cargo, em que substitui o brasileiro José Graziano da Silva após dois mandatos. Esta eleição é fundamental porque o novo diretor geral da FAO terá que enfrentar um dos maiores desafios da humanidade, o aumento da fome no mundo devido ao efeito combinado do aquecimento global e dos conflitos, especialmente na África e no Oriente Médio.

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