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Bolsonaro diz que pode criar novo partido se não resolver impasse com PSL

Legenda pela qual presidente se elegeu tem disputa interna entre uma "bolsonarista" e outra que defende o presidente do partido, deputado Luciano Bivar

Jair Bolsonaro: "O ideal, numa situação dessa, se por ventura não se chegar a um acordo, é um novo partido" (Clauber Cleber Caetano/PR/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 10h34.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 11h45.

São Paulo — Após dizer que poderia romper com o PSL e ficar sem partido, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 28, que também pensa em criar a sua própria legenda. O nome, afirmou ele poderia ser Partido da Defesa Nacional ou PDN. "Eu não teria dificuldade em criar um partido nesse sentido. Mas gostaria que fosse pacificado tudo (com o PSL)", disse o presidente ao deixar Abu Dabi, pela manhã, no horário local, com destino ao Catar.

Questionado se ir para o Patriotas seria uma opção, ele respondeu que, apesar de gostar da legenda e ter cogitado se filiar antes do processo eleitoral, seria melhor formar uma nova agremiação. "Por enquanto eu não pretendo (sair do partido). Mas todas as possibilidades estão na mesa. Eu nunca saltei de paraquedas sem ficar com um paraquedas reserva", declarou.

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Bolsonaro avaliou que a situação no PSL é "grave" e seguirá exigindo acesso e transparência nas contas da sigla. Em outro momento, chegou a dizer que o preferível no momento seria uma separação entre ele e o partido. "O ideal agora é como se fossem gêmeos xifópagos (ligados entre si por uma parte do corpo). É separar. Cada um segue seu destino."

Bolsonaro disse também que pretende interferir o mínimo possível nas eleições municipais de 2020. "Se eu fecho com alguém, começo a perder apoios, e não quero perder apoios. Tenho objetivo de governar o Brasil", afirmou.

O presidente também ironizou a possibilidade de candidatura à Presidência da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo na Câmara. "Boa sorte para ela. É fácil!", reagiu. Ele reconheceu a atuação de Joice como líder do governo e acredita que ela "se precipitou" em razão do interesse de disputar a prefeitura de São Paulo. Sobre uma possível reconciliação entre os dois, afirmou que quem errou é que tem que procurar o outro.

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