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Bloqueios em estradas reduzem movimento na Ceagesp

Parte das mercadorias, especialmente frutas de outros estados, têm chegado com atraso aos atacadistas

Ceagesp: problemas também parecem ter afastado os consumidores (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 18h48.

O Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) sofre os reflexos dos bloqueios feitos por caminhoneiros em rodovias.

Parte das mercadorias, especialmente frutas de outros estados, têm chegado com atraso aos atacadistas.

Os problemas também parecem ter afastado os consumidores. Vendedores e carregadores reclamaram do movimento fraco de hoje (26).

A administração da companhia estima que os protestos reduziram em pelo menos 10% a entrada de frutas no entreposto, o maior do país.

“O mercado parou”, reclama um dos proprietários da Paulifruti, Nelson Câmara.

O comerciante diz que os compradores de outros estados têm evitado fazer encomendas por causa das dificuldades de transporte.

“O pessoal de fora não vem comprar, por medo de não ter como carregar”, explicou o atacadista sobre a queda de 50% no movimento, nos últimos dias.

Além da queda nas vendas, Câmara diz que têm problemas no recebimento de algumas mercadorias. “O pêssego não chegou ainda e não sei quando vai chegar”.

Ele disse, ainda, que perdeu um carregamento de mamão que chegou “maduro demais”.

Caetano Moura diz que recebe em média quatro ou cinco caminhões com até 6 mil caixas de mamão por semana.

As frutas, compradas no Espírito Santo, tem atrasado. Os clientes também não estão aparecendo como antes.

“Teve cliente que não veio. Vem fazer a compra e não tem o que precisa. Então, ele evita até de vir”, disse ao comentar sobre os compradores que têm deixado de ir na Ceagesp.

O movimento fraco afetou os rendimentos do carregador Abraão Maciel.

“Não descarreguei nada de ontem para cá. Estou aqui só para manter o ponto”, disse o trabalhador que cobra R$ 26,70 por cada viagem com o carrinho de mão, onde chega a transportar 600 quilos.

Maciel diz que se solidariza com as reivindicações dos caminhoneiros, profissão que abandonou pelo trabalho de carregador.

“É muito melhor. Volante de caminhão não dá resultado para ninguém”, comenta sobre a escolha.

O vendedor Dena Andreatte, que trabalha em uma importadora de frutas, estima que o movimento caiu de 20% a 30% nos últimos dias.

“Muita gente não vem comprar”, diz a respeito dos representantes de supermercados, empórios e feirantes que frequentam a loja.

Segundo ele, a empresa tem tido dificuldades com as cargas trazidas do Porto de Santos, quanto de países próximos, como o Chile e a Argentina.

“No geral está vindo, mas atrasa muito”, ressaltou sobre as peras  e pêssegos que abastecem a empresa.

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O Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) sofre os reflexos dos bloqueios feitos por caminhoneiros em rodovias.

Parte das mercadorias, especialmente frutas de outros estados, têm chegado com atraso aos atacadistas.

Os problemas também parecem ter afastado os consumidores. Vendedores e carregadores reclamaram do movimento fraco de hoje (26).

A administração da companhia estima que os protestos reduziram em pelo menos 10% a entrada de frutas no entreposto, o maior do país.

“O mercado parou”, reclama um dos proprietários da Paulifruti, Nelson Câmara.

O comerciante diz que os compradores de outros estados têm evitado fazer encomendas por causa das dificuldades de transporte.

“O pessoal de fora não vem comprar, por medo de não ter como carregar”, explicou o atacadista sobre a queda de 50% no movimento, nos últimos dias.

Além da queda nas vendas, Câmara diz que têm problemas no recebimento de algumas mercadorias. “O pêssego não chegou ainda e não sei quando vai chegar”.

Ele disse, ainda, que perdeu um carregamento de mamão que chegou “maduro demais”.

Caetano Moura diz que recebe em média quatro ou cinco caminhões com até 6 mil caixas de mamão por semana.

As frutas, compradas no Espírito Santo, tem atrasado. Os clientes também não estão aparecendo como antes.

“Teve cliente que não veio. Vem fazer a compra e não tem o que precisa. Então, ele evita até de vir”, disse ao comentar sobre os compradores que têm deixado de ir na Ceagesp.

O movimento fraco afetou os rendimentos do carregador Abraão Maciel.

“Não descarreguei nada de ontem para cá. Estou aqui só para manter o ponto”, disse o trabalhador que cobra R$ 26,70 por cada viagem com o carrinho de mão, onde chega a transportar 600 quilos.

Maciel diz que se solidariza com as reivindicações dos caminhoneiros, profissão que abandonou pelo trabalho de carregador.

“É muito melhor. Volante de caminhão não dá resultado para ninguém”, comenta sobre a escolha.

O vendedor Dena Andreatte, que trabalha em uma importadora de frutas, estima que o movimento caiu de 20% a 30% nos últimos dias.

“Muita gente não vem comprar”, diz a respeito dos representantes de supermercados, empórios e feirantes que frequentam a loja.

Segundo ele, a empresa tem tido dificuldades com as cargas trazidas do Porto de Santos, quanto de países próximos, como o Chile e a Argentina.

“No geral está vindo, mas atrasa muito”, ressaltou sobre as peras  e pêssegos que abastecem a empresa.

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