Brasil

Base aliada e oposição aprovam revogação de decreto presidencial

Para um dos deputados, o governo Temer "perdeu o controle da situação" e optou por uma medida "ilegal" ao autorizar as Forças Armadas na Esplanada

Exército: para o líder do DEM, o governo precisava tomar uma decisão célere para evitar o caos em Brasília (Paulo Whitaker/Reuters)

Exército: para o líder do DEM, o governo precisava tomar uma decisão célere para evitar o caos em Brasília (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2017 às 13h41.

Brasília - Base aliada e oposição aprovaram nesta quinta-feira, 25, a revogação do decreto presidencial que autorizava o emprego das Forças Armadas para Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que o decreto cumpriu sua finalidade, que era garantir a segurança e a integridade das pessoas. Já o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que a medida do governo era "desproporcional".

Molon lembrou que a medida não havia sido solicitada pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), tampouco pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que solicitou apenas o reforço da Força Nacional.

O deputado considera que o governo Temer "perdeu o controle da situação" e optou por uma medida "ilegal". "O governo está muito frágil e acuado, tomando medidas improvisadas e desproporcionais", concluiu Molon.

Alguns oposicionistas reagiram com ironia. "Era o decreto decrépito", definiu o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

Efraim disse que o decreto visava impedir cenas como as vistas na Venezuela, onde manifestantes têm suas vidas em risco nos protestos de rua.

Segundo o líder do DEM, o governo precisava tomar uma decisão célere para evitar o caos em Brasília, com depredação de patrimônio público e violência generalizada.

"Era preciso agir de forma rápida para garantir a integridade física das pessoas. Pior seriam mortes, cenas de sangue, violência, como acontece na Venezuela, por exemplo, onde o sangue de jovens que vão protestar acaba ficando nas mãos do governo", comentou.

Acompanhe tudo sobre:ExércitoGovernoMichel TemerPartidos políticos

Mais de Brasil

No ritmo atual, universalização do sanemento no Brasil só acontecerá em 2070, aponta estudo

Senado informa ao STF que deve votar projeto de renegociação da dívida dos estados em agosto

Aeroporto Salgado Filho retoma embarques e desembarques a partir de hoje; veja como vai funcionar

Mais na Exame