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Base aliada blinda Cardozo e evita sua convocação

Base promoveu blindagem ao ministro da Justiça e evitou a sua convocação em duas comissões


	José Eduardo Cardozo: tucanos querem que ministro esclareça sua participação nas investigações a respeito de denúncias de formação de cartel em São Paulo
 (Marcelo Camargo/ABr)

José Eduardo Cardozo: tucanos querem que ministro esclareça sua participação nas investigações a respeito de denúncias de formação de cartel em São Paulo (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 19h56.

Brasília - A base aliada no Congresso Nacional promoveu nesta quarta-feira, 27, uma blindagem ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e evitou a sua convocação na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara e na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Os tucanos querem que Cardozo esclareça a sua participação no episódio que envolve as investigações conduzidas pela Polícia Federal a respeito de denúncias de formação de cartel no transporte de trens em São Paulo. Além do mais, o PSDB quer que Cardozo explique a conduta do presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius de Carvalho, que omitiu de seu currículo a informação de ser petista e de ter trabalhado no gabinete do deputado estadual licenciado Simão Pedro.

Foi Simão Pedro, do PT e hoje secretário municipal de Serviços da gestão Fernando Haddad, quem encaminhou a Cardozo denúncias da existência de um cartel na licitação de trens em São Paulo, em documentos que foram repassadas pelo ministro à Polícia Federal. O Cade fechou em maio um acordo de leniência com a multinacional Siemens, que admitiu a existência de cartel na espera de redução de futuras punições.

Os tucanos têm acusado Cardozo de fazer uso político das acusações do esquema de cartel no governo do PSDB para atingir adversários e abafar o impacto causado pela prisão dos dirigentes petistas condenados no processo do mensalão.

Para preservar Cardozo na Câmara, foi aprovada a realização de uma audiência pública, que será realizada na próxima quarta-feira, 4, pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na qual o ministro virá como convidado - o que tem peso menor do que uma convocação. Na ocasião, o ministro deverá falar também sobre as circunstâncias da fuga à Itália do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil e também condenado no mensalão, Henrique Pizzolato. Já no Senado, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) chegou a apresentar um requerimento de convocação do ministro na CCJ, mas após apelo do líder do Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), aceitou votar na semana que vem um requerimento de convite.

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