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Bancada de MG pode votar em quem quiser para líder do PMDB

A bancada do PMDB de Minas Gerais não chegou a um consenso sobre como deve se posicionar na disputa pela liderança do PMDB na Câmara


	Câmara dos Deputados: sem acordo, o deputado Newton Cardoso Júnior (MG) retirou sua candidatura, e Leonardo Quintão (MG) confirmou que será candidato de um "grupo"
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Câmara dos Deputados: sem acordo, o deputado Newton Cardoso Júnior (MG) retirou sua candidatura, e Leonardo Quintão (MG) confirmou que será candidato de um "grupo" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 21h41.

Brasília - Após mais de três horas de reunião, a bancada do PMDB de Minas Gerais não chegou a um consenso sobre como deve se posicionar na disputa pela liderança do PMDB na Câmara e liberou seus sete integrantes a apoiarem o candidato que quiserem.

Sem acordo, o deputado Newton Cardoso Júnior (MG) retirou sua candidatura, e Leonardo Quintão (MG) confirmou que será candidato de um "grupo", formado em sua maioria pela ala pró-impeachment do partido.

"Não teve consenso e, por isso, a bancada está liberada para votar em quem quiser. Minas não terá um candidato (a líder do PMDB)", afirmou Cardoso ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. De acordo com ele, na reunião houve três propostas: a candidatura dele, a de Quintão e o apoio à reeleição do atual líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ). "Coloquei meu nome e repeti que seria candidato se houvesse consenso. Como não houve, retirei minha candidatura", justificou.

Segundo Quintão, a defesa de apoio a Picciani foi feita pelo deputado Mauro Lopes (MG). O parlamentar mineiro foi sondado pelo Palácio do Planalto para assumir a Secretaria da Aviação Civil, em troca de apoiar a recondução do deputado fluminense, e já declarou que tem interesse no cargo. "O Mauro Lopes insistiu na questão do ministério e declarou apoio ao Picciani, porque ele (Picciani) prometeu a ele (Lopes) ser ministro, caso Lopes e a bancada o apoiem", comentou Quintão.

Sem consenso na bancada, Quintão afirmou que será candidato do grupo que articulou a derrubada de Picciani e a condução dele à liderança do PMDB em dezembro do ano passado. Apesar de o grupo ser formado majoritariamente por deputados pró-impeachment, o parlamentar mineiro sustenta que sua candidatura não deve ser considerada anti-Dilma. "Minha candidatura será pró-PMDB. Não cabe a mim ser contra ou a favor de impeachment, mas apenas conduzir o processo", disse.

Quintão destacou que o vice-governador de Minas Gerais e presidente estadual do PMDB, Antônio Andrade, se comprometeu em procurar o Palácio do Planalto para reiterar que a candidatura dele não é pró-impeachment. "O Picciani tem propagado isso, mas ele está mentindo. O presidente do PMDB mineiro vai lá falar que minha candidatura é do partido e que irá defender a maioria do PMDB", afirmou.

Quintão disse estar "bem tranquilo" em relação à sua eleição à liderança do PMDB. Conforme o parlamentar, o voto secreto - já acordado entre ele e Picciani durante reunião na semana passada - deve favorecê-lo. "Com o voto secreto, fico bastante confortável, porque vai evitar aqueles que querem votar em mim sejam pressionados ou ameaçados por interferências externas", afirmou. O deputado mineiro disse ter votos de 5 dos 7 integrantes da bancada mineira. Ele diz só não contar com os votos de Newton e de Mauro.

"Estou bem tranquilo. Vamos chegar a mais de 40 votos", afirmou Quintão. Nesta terça-feira, 19, ele e Picciani devem se reunir para fechar as regras da eleição. A principal divergência até agora em relação ao número de votos necessário, em caso de reeleição. Enquanto o deputado fluminense defende que o candidato precise de apenas maioria absoluta (34 votos), o parlamentar mineiro defende mínimo de 2/3 dos apoiamentos (44 votos) para que um peemedebista se reeleja.

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