Avenida Paulista: segundo a CET, a 50 km/h, a chance de sobrevivência supera os 50% (Reprodução/Google Street View)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 07h35.
São Paulo - Nesta segunda-feira, 21, no primeiro dia de funcionamento da Área 40, onde a velocidade máxima permitida passou para 40 quilômetros por hora na região central de São Paulo, a Prefeitura confirmou que a máxima consentida para carros na Avenida Paulista será reduzida de 60 km/h para 50 km/h nos próximos dias.
A data exata da mudança será definida na próxima semana. A medida é mais uma iniciativa da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para reduzir a letalidade do trânsito paulistano. Há um consenso entre técnicos de trânsito de que a velocidade alta dos veículos está diretamente ligada à fatalidade dos acidentes.
Ao ser atropelado por um carro que está a 80 km/h, a chance de sobrevivência é de apenas 5%, de acordo com o diretor de Planejamento da CET, Tadeu Leite Duarte.
"Para o motorista, entretanto, quase não há diferença na redução dos limites. Pegue a Avenida Paulista, por exemplo. Ela tem 2.600 metros. Se você fizer as contas, a 60 km/h, você vai cruzá-la em dois minutos e 40 segundos. A 50 km/h, será em três minutos, ou 20 segundos a mais. Isso não atrapalha a vida de ninguém", afirma. Sem contar que, a 50 km/h, ainda segundo Duarte, a chance de sobrevivência supera os 50%.
Na Paulista, nos primeiros dias, a redução da velocidade será apenas educativa: haverá placas e agentes orientando os motoristas, mas os marronzinhos não multarão. É o mesmo que aconteceu ontem na Rótula Central, formada pelas Avenidas Mercúrio, Ipiranga, São Luís, Rangel Pestana e pelos Viadutos Nove de Julho, Jacareí e Dona Paulina.
A CET diz que, nos próximos dias, deve começar a fiscalizar os veículos na Rótula Central usando radar-pistola, aparelhos portáteis que geralmente são empregados na fiscalização de motociclistas. Duarte, no entanto, afirma que a Prefeitura faz estudos para instalar lombadas eletrônicas nas vias que dão acesso à Rótula Central.
"A ideia é facilitar ao máximo a convivência entre carros, motocicletas, bicicletas e pedestres nas ruas do centro", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.