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Avenida paulista lidera em roubos e furtos de celulares

Levantamento mostra que a rua que é "símbolo" da cidade também é a que tem mais roubos e furtos de celulares

Avenida Paulista: especialistas atribuem a liderança da região central na quantidade de roubos às características da área (Robson Leandro/ Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 10h15.

São Paulo - A Avenida Paulista, na região central de São Paulo , é muito procurada por turistas , executivos, estudantes - e ladrões. Levantamento feito por uma seguradora, entre maio de 2014 e abril de 2015, mostra que a rua que é "símbolo" da cidade também tem mais roubos e furtos de celulares.

A pesquisa foi feita pela BemMaisSeguro.com e tem por base o site Onde Fui Roubado, em que os usuários marcam em um mapa o local onde foram assaltados ou furtados, o dia, o horário e descrevem os objetos subtraídos.

Durante esse período, houve 2.560 registros, o que permitiu ranquear, além das ruas mais visadas pelos assaltantes, os bairros com maior incidência desses crimes.

Especialistas atribuem a liderança da região central na quantidade de roubos às características da área.

"São ruas que têm maior movimento de pedestres nas calçadas e pessoas com maior poder aquisitivo, que têm celulares mais caros", afirma José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva e ex-secretário da Segurança Pública.

Segundo o consultor em segurança e vice-presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (ABSEG) Hugo Tisaka, o criminoso utiliza o fator surpresa para ter sucesso.

"Pessoas ao telefone estão desatentas. A vítima acha que foi roubada aleatoriamente, que poderia ter sido com qualquer um, mas não é assim. Como todo predador, o ladrão escolhe a vítima mais fácil - a que tem o melhor bem e vai oferecer menor resistência."

Prestígio

Marcello Ursini, presidente da BemMaisSeguro.com, atribui o interesse de ladrões ao prestígio que o aparelho ganhou nos últimos anos.

"Hoje o celular é o bem de maior valor que você carrega. Há cinco anos, talvez fosse o relógio, o dinheiro da carteira, a correntinha de ouro. Hoje o smartphone de última geração custa R$ 4 mil", explica.

Fácil desova

A pesquisa aponta que o prejuízo médio com a perda do aparelho é de R$ 1.157. A facilidade em recolocar o aparelho no mercado é outro atrativo para os ladrões.

"O mundo do crime organizado já tem um esquema, em um mercado paralelo, para desovar celular. É um dinheiro fácil e rápido de conseguir", afirma Ursini.

Segundo as estatísticas periódicas divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), 46,5% dos roubos na cidade envolvem celulares.

Mas a pasta não tem dados discriminados por bairros e logradouros, o que estimulou a BemMaisSeguro.com a fazer o levantamento.

Além disso, a SSP usa o número de boletins de ocorrência registrados, enquanto o site Onde Fui Roubado inclui denúncias de pessoas que não fizeram o registro formal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A Avenida Paulista, na região central de São Paulo , é muito procurada por turistas , executivos, estudantes - e ladrões. Levantamento feito por uma seguradora, entre maio de 2014 e abril de 2015, mostra que a rua que é "símbolo" da cidade também tem mais roubos e furtos de celulares.

A pesquisa foi feita pela BemMaisSeguro.com e tem por base o site Onde Fui Roubado, em que os usuários marcam em um mapa o local onde foram assaltados ou furtados, o dia, o horário e descrevem os objetos subtraídos.

Durante esse período, houve 2.560 registros, o que permitiu ranquear, além das ruas mais visadas pelos assaltantes, os bairros com maior incidência desses crimes.

Especialistas atribuem a liderança da região central na quantidade de roubos às características da área.

"São ruas que têm maior movimento de pedestres nas calçadas e pessoas com maior poder aquisitivo, que têm celulares mais caros", afirma José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva e ex-secretário da Segurança Pública.

Segundo o consultor em segurança e vice-presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (ABSEG) Hugo Tisaka, o criminoso utiliza o fator surpresa para ter sucesso.

"Pessoas ao telefone estão desatentas. A vítima acha que foi roubada aleatoriamente, que poderia ter sido com qualquer um, mas não é assim. Como todo predador, o ladrão escolhe a vítima mais fácil - a que tem o melhor bem e vai oferecer menor resistência."

Prestígio

Marcello Ursini, presidente da BemMaisSeguro.com, atribui o interesse de ladrões ao prestígio que o aparelho ganhou nos últimos anos.

"Hoje o celular é o bem de maior valor que você carrega. Há cinco anos, talvez fosse o relógio, o dinheiro da carteira, a correntinha de ouro. Hoje o smartphone de última geração custa R$ 4 mil", explica.

Fácil desova

A pesquisa aponta que o prejuízo médio com a perda do aparelho é de R$ 1.157. A facilidade em recolocar o aparelho no mercado é outro atrativo para os ladrões.

"O mundo do crime organizado já tem um esquema, em um mercado paralelo, para desovar celular. É um dinheiro fácil e rápido de conseguir", afirma Ursini.

Segundo as estatísticas periódicas divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), 46,5% dos roubos na cidade envolvem celulares.

Mas a pasta não tem dados discriminados por bairros e logradouros, o que estimulou a BemMaisSeguro.com a fazer o levantamento.

Além disso, a SSP usa o número de boletins de ocorrência registrados, enquanto o site Onde Fui Roubado inclui denúncias de pessoas que não fizeram o registro formal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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