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Atlético-PR mantém silêncio sobre atraso no estádio

Curitiba corre até mesmo o risco de ser excluída como sede da Copa do Mundo, caso o estádio não apresente uma evolução satisfatória

Vista do estádio Arena da Baixada, que está sendo reconstruído para a Copa do Mundo deste ano, em Curitiba (Rodolfo Buhrer/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 19h25.

Curitiba - Um dia após as críticas do secretário-geral da Fifa , Jérôme Valcke, e a intervenção governamental para que as obras na Arena da Baixada, de propriedade do Atlético-PR, sejam agilizadas para compensar o atraso do cronograma, o clube manteve o silêncio sobre a situação. Curitiba corre até mesmo o risco de ser excluída como sede da Copa do Mundo, caso o estádio não apresente uma evolução satisfatória até o dia 18 de fevereiro.

O presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, não quis comentar o novo modelo de gestão imposto pela Fifa, que lhe tira a autoridade para gerir a obra - haverá agora participação direta do governo estadual e municipal, além do Comitê Organizador Local (COL) -, e tampouco explicar as razões para o atraso no cronograma de reforma do estádio.

Uma pessoa que se intitulou como "assistente" do presidente atendeu o telefone nesta quarta-feira e disse que o clube se manifestaria por meio de sua assessoria de imprensa no momento adequado. "O presidente não vai comentar nada e, quando for o momento, a assessoria vai emitir um comunicado", disse.

O modelo tripartite, com membros do COL e dos governos municipal e estadual, será responsável pela fiscalização e produção diária de relatórios sobre o andamento das obras da Arena da Baixada. Segundo o secretário municipal da Copa em Curitiba, Reginaldo Cordeiro, o grupo deve ser instalado nesta semana, devendo começar os trabalhos na próxima segunda-feira.

"Um grupo de técnicos ligado ao Sinduscon (Sindicato da Construção Civil) irá colaborar com esse comitê fazendo as análises técnicas das obras, que terão relatórios diários", afirmou o secretário. Segundo ele, um dos motivos para que a situação chegasse a esse ponto crítico foi a forma de gestão promovida pelo presidente do Atlético-PR, que preferiu uma solução caseira, com o clube - que criou a CAP S/A - gerindo as obras. "Pode ter feito alguma economia, mas o ritmo, por outro lado, foi mais lento."

O secretário disse acreditar que a Copa será mantida em Curitiba. Ele lembrou os investimentos de R$ 572 milhões realizados pela prefeitura de Curitiba, que somente para a Arena da Baixada está encaminhando R$ 219 milhões. Desse valor, R$ 143 milhões correspondem a títulos de potencial construtivo destinados às obras de reforma e ampliação do estádio. A desapropriação de imóveis no entorno do local custará R$ 14,5 milhões. Mais R$ 6,5 milhões vão para a desapropriação do terreno que abrigará a estrutura para transmissão de televisão (Broadcast Compound) e R$ 2 milhões para infraestrutura de Broadcast Compound, da inspeção veicular e rede subterrânea na Rua Madre Maria dos Anjos, ao lado do estádio.

Por causa da contratação de cerca de 500 a 700 operários para agilizar as obras, o secretário estima que o valor de R$ 365 milhões deverá encarecer a obra em mais 10%.

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Curitiba - Um dia após as críticas do secretário-geral da Fifa , Jérôme Valcke, e a intervenção governamental para que as obras na Arena da Baixada, de propriedade do Atlético-PR, sejam agilizadas para compensar o atraso do cronograma, o clube manteve o silêncio sobre a situação. Curitiba corre até mesmo o risco de ser excluída como sede da Copa do Mundo, caso o estádio não apresente uma evolução satisfatória até o dia 18 de fevereiro.

O presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, não quis comentar o novo modelo de gestão imposto pela Fifa, que lhe tira a autoridade para gerir a obra - haverá agora participação direta do governo estadual e municipal, além do Comitê Organizador Local (COL) -, e tampouco explicar as razões para o atraso no cronograma de reforma do estádio.

Uma pessoa que se intitulou como "assistente" do presidente atendeu o telefone nesta quarta-feira e disse que o clube se manifestaria por meio de sua assessoria de imprensa no momento adequado. "O presidente não vai comentar nada e, quando for o momento, a assessoria vai emitir um comunicado", disse.

O modelo tripartite, com membros do COL e dos governos municipal e estadual, será responsável pela fiscalização e produção diária de relatórios sobre o andamento das obras da Arena da Baixada. Segundo o secretário municipal da Copa em Curitiba, Reginaldo Cordeiro, o grupo deve ser instalado nesta semana, devendo começar os trabalhos na próxima segunda-feira.

"Um grupo de técnicos ligado ao Sinduscon (Sindicato da Construção Civil) irá colaborar com esse comitê fazendo as análises técnicas das obras, que terão relatórios diários", afirmou o secretário. Segundo ele, um dos motivos para que a situação chegasse a esse ponto crítico foi a forma de gestão promovida pelo presidente do Atlético-PR, que preferiu uma solução caseira, com o clube - que criou a CAP S/A - gerindo as obras. "Pode ter feito alguma economia, mas o ritmo, por outro lado, foi mais lento."

O secretário disse acreditar que a Copa será mantida em Curitiba. Ele lembrou os investimentos de R$ 572 milhões realizados pela prefeitura de Curitiba, que somente para a Arena da Baixada está encaminhando R$ 219 milhões. Desse valor, R$ 143 milhões correspondem a títulos de potencial construtivo destinados às obras de reforma e ampliação do estádio. A desapropriação de imóveis no entorno do local custará R$ 14,5 milhões. Mais R$ 6,5 milhões vão para a desapropriação do terreno que abrigará a estrutura para transmissão de televisão (Broadcast Compound) e R$ 2 milhões para infraestrutura de Broadcast Compound, da inspeção veicular e rede subterrânea na Rua Madre Maria dos Anjos, ao lado do estádio.

Por causa da contratação de cerca de 500 a 700 operários para agilizar as obras, o secretário estima que o valor de R$ 365 milhões deverá encarecer a obra em mais 10%.

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