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Sniper pediu autorização para atirar em homem no Itaquerão

Falha de comunicação fez com que policial armado fosse confundido com possível criminoso e quase levasse um tiro na abertura da Copa, segundo a Folha de S. Paulo


	Joseph Blatter, Dilma Rousseff e outras autoridades na abertura da Copa
 (Reuters)

Joseph Blatter, Dilma Rousseff e outras autoridades na abertura da Copa (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 16h04.

São Paulo – A abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, quase foi palco de uma tragédia digna de filme. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, uma falha no esquema de segurança quase terminou na morte de um policial armado que estava próximo à tribuna onde Dilma Rousseff e outras autoridades assistiam à partida entre Brasil e Croácia, na Arena Corinthians.

A Secretaria de Segurança Pública admitiu o erro na comunicação, mas afirmou que em nenhum momento houve risco para os presentes no local.

Um atirador de elite do Grupo Especial de Resgate (GER), da Polícia Civil, teria avistado o suspeito vestido com uniforme do Grupo de Ações Táticas da Polícia Militar (Gate) em área de acesso proibido.

O sniper teria então avisado via rádio a sala de comando, que respondeu que não havia autorização para que nenhum PM estivesse no local. 

Temendo que se tratasse de um criminoso disfarçado, o atirador pediu autorização para disparar, mas recebeu ordem para que esperasse.

Minutos depois, outro policial reconheceu pelas imagens de monitoramento a identidade do homem, que era, de fato, membro do Gate. O disparo foi evitado e o policial se retirou em seguida da área restrita.

Segundo o jornal, o PM investigava uma ameça de bomba que acabou não confirmada.

Resposta

A falha de comunicação teria provocado uma crise entre as polícias Civil e Militar, que, junto com o Exército, fazem parte da equipe responsável pela segurança no estádio.

Após a repercussão, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, minimizou nesta sexta-feira as proporções do caso.

"Isso foi resolvido dentro dos protocolos e nem chegou para nós. Quem conhece segurança pública sabe que você tem ‘n’ situações que acontecem que, se separadas do contexto, parece que tem uma dimensão muito maior do que tem”, afirmou Cardozo, segundo o G1.

Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o erro foi rapidamente corrigido. Veja a íntegra do texto:

"A Secretaria da Segurança Pública reafirma que, no episódio envolvendo policiais paulistas durante a abertura da Copa, houve um erro de comunicação que foi rapidamente sanado, sem maiores consequências.

Ao contrário do que vem sendo divulgado por alguns veículos de comunicação, em nenhum momento foi colocada em risco a segurança das autoridades e ou torcedores. Prova disso é que o protocolo para que o sniper pudesse atuar sequer foi colocado em prática. 

Este protocolo pressupõe três etapas.
1. Autorização para o atirador carregar a arma, que por razões de segurança está desmuniciada.
2. Autorização para que o snipper coloque o alvo na alça de mira.
3. Autorização para atirar.

Nenhuma destas três etapas foi deflagrada porque o erro de comunicação foi rapidamente corrigido. Afirmar que quase houve morte nesta situação é causar alarmismo".

*Matéria atualizada às 14h30 para inclusão da resposta da SSP e o posicionamento do ministro Eduardo Cardozo.

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