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Atendendo pedido de Aécio, Jereissati disputará Senado

Com decisão, tucano conseguiu garantir um palanque competitivo no Ceará

Tasso Jereissati, do PSDB: Tasso foi três vezes governador do Ceará e uma vez senador da República, mas estava afastado da vida pública desde 2010 (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 20h50.

Brasília - No dia em que senador Aécio Neves (PSDB-MG) obteve publicamente o apoio unânime de todos os diretórios estaduais do partido para ser o candidato tucano à Presidência, o tucano recebeu outra boa notícia: conseguiu garantir um palanque competitivo no Ceará. Finalmente convenceu o ex-governador e empresário Tasso Jereissati a se candidatar ao Senado pela legenda.

Tasso foi três vezes governador do Ceará e uma vez senador da República, mas estava afastado da vida pública desde 2010, quando seus 1,7 milhões de votos foram insuficientes para reconduzi-lo ao parlamento. Desolado, na época jurou que sua vida política terminava ali e passou a se dedicar apenas à prosperidade de suas empresas.

Durante reunião da executiva nacional do PSDB na manhã desta terça-feira, 22, em Brasília, Jereissati não pareceu muito entusiasmado com a nova empreitada, mas diz que aceitou a missão como uma "obrigação": "Não que eu não esteja animado, mas eu ainda acredito que encontrar um nome novo (para disputar o Senado pelo PSDB) era bom para o País, para o partido, para a política", desabafou.

"Mas eu sinto como uma obrigação, até por causa da vida que eu tive com meu partido e com meu Estado. E esse compromisso, mesmo que eu já esteja enveredando para um outro tipo de vida, de projeto pessoal, tem determinados momentos que a gente não pode fugir deles, a gente tem que saber enfrentar a realidade da vida", concluiu Jereissati.

A insistência de Aécio, que durou meses, tem motivo: precisava de um nome forte para garantir-lhe um palanque competitivo no Ceará, o terceiro maior colégio eleitoral do Nordeste, com cerca de 6 milhões de votos. A disputa pelo governo cearense está uma confusão e sem Jereissati o cenário seria trágico para Aécio. O atual governador, Cid Gomes, deve indicar um nome de seu partido, o Pros, para sua sucessão, mas exige o apoio da presidente Dilma Rousseff (PT), de quem é aliado. O senador Eunício Oliveira, do PMDB, também disputará o governo do Ceará e faz a mesma exigência à presidente, já que é igualmente integrante da base aliada nacional da petista.

A Aécio coube inventar a candidatura ao Senado para Jereissati, praticamente o único tucano ainda influente no Estado. A cabeça de chapa deve ser fechada com Roberto Pessoa, do PR, que é ex-prefeito de Maracanaú.

Argumento

Um dos motivos decisivos para Jereissati quebrar a promessa e voltar à corrida eleitoral foi o fato de que não irá concorrer diretamente com Cid ou Ciro Gomes. A pessoas próximas, o empresário afirmou que não entraria na disputa se corresse alto risco de não ser eleito, pois não suportaria mais uma derrota em seu Estado.

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Brasília - No dia em que senador Aécio Neves (PSDB-MG) obteve publicamente o apoio unânime de todos os diretórios estaduais do partido para ser o candidato tucano à Presidência, o tucano recebeu outra boa notícia: conseguiu garantir um palanque competitivo no Ceará. Finalmente convenceu o ex-governador e empresário Tasso Jereissati a se candidatar ao Senado pela legenda.

Tasso foi três vezes governador do Ceará e uma vez senador da República, mas estava afastado da vida pública desde 2010, quando seus 1,7 milhões de votos foram insuficientes para reconduzi-lo ao parlamento. Desolado, na época jurou que sua vida política terminava ali e passou a se dedicar apenas à prosperidade de suas empresas.

Durante reunião da executiva nacional do PSDB na manhã desta terça-feira, 22, em Brasília, Jereissati não pareceu muito entusiasmado com a nova empreitada, mas diz que aceitou a missão como uma "obrigação": "Não que eu não esteja animado, mas eu ainda acredito que encontrar um nome novo (para disputar o Senado pelo PSDB) era bom para o País, para o partido, para a política", desabafou.

"Mas eu sinto como uma obrigação, até por causa da vida que eu tive com meu partido e com meu Estado. E esse compromisso, mesmo que eu já esteja enveredando para um outro tipo de vida, de projeto pessoal, tem determinados momentos que a gente não pode fugir deles, a gente tem que saber enfrentar a realidade da vida", concluiu Jereissati.

A insistência de Aécio, que durou meses, tem motivo: precisava de um nome forte para garantir-lhe um palanque competitivo no Ceará, o terceiro maior colégio eleitoral do Nordeste, com cerca de 6 milhões de votos. A disputa pelo governo cearense está uma confusão e sem Jereissati o cenário seria trágico para Aécio. O atual governador, Cid Gomes, deve indicar um nome de seu partido, o Pros, para sua sucessão, mas exige o apoio da presidente Dilma Rousseff (PT), de quem é aliado. O senador Eunício Oliveira, do PMDB, também disputará o governo do Ceará e faz a mesma exigência à presidente, já que é igualmente integrante da base aliada nacional da petista.

A Aécio coube inventar a candidatura ao Senado para Jereissati, praticamente o único tucano ainda influente no Estado. A cabeça de chapa deve ser fechada com Roberto Pessoa, do PR, que é ex-prefeito de Maracanaú.

Argumento

Um dos motivos decisivos para Jereissati quebrar a promessa e voltar à corrida eleitoral foi o fato de que não irá concorrer diretamente com Cid ou Ciro Gomes. A pessoas próximas, o empresário afirmou que não entraria na disputa se corresse alto risco de não ser eleito, pois não suportaria mais uma derrota em seu Estado.

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