Ataques violentos a escolas já deixaram 6 mortos neste ano; relembre os casos
Diversos incidentes recentes, incluindo o trágico ataque no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, reforçam a necessidade de justiça e medidas de segurança nas instituições educacionais
Agência de notícias
Publicado em 19 de junho de 2023 às 18h38.
O ataque cometido na manhã desta segunda-feira, 19, no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná, que deixou uma estudante morta e outro gravemente ferido não é o primeiro cometido neste ano. Assim como ele, outros atos violentos também chocaram o País e motivaram pedidos de justiça e mais segurança no ambiente escolar.
Colégio Estadual Professora Helena Kolody em Cambé (PR)
Nesta segunda-feira, um ex-aluno entrou armado no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, alegando que solicitaria o seu histórico escolar. O município fica próximo da cidade de Londrina.
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O agressor foi imobilizado por um professor e, posteriormente, detido e encaminhado para Londrina.
Por meio das redes sociais, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), considerou a tragédia como crime bárbaro. “A violência do brutal ataque em uma escola estadual em Cambé causa indignação e pesar. O assassino foi preso, será julgado e condenado pelo crime bárbaro que cometeu”, publicou.
O Colégio Estadual Professora Helena Kolody possui 41 turmas e quase 800 alunos ativos, segundo dados disponíveis no site da Secretaria da Educação do Paraná. A escola atende turmas de ensino fundamental e médio.
Escola Instituto Adventista de Manaus (AM)
Dois estudantes e uma professora ficaram feridos após um aluno promover um ataque à escola Instituto Adventista de Manaus (IAM) na capital amazonense, no dia 10 de abril. O agressor, um adolescente que não teve a identidade revelada, foi apreendido com armas brancas e um coquetel molotov, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
No mesmo dia do ataque, a prefeitura de Manaus divulgou medidas para ampliar a segurança no ambiente escolar. A gestão Wilson Lima anunciou, na ocasião, a criação de comitê interministerial de segurança para aumentar o monitoramento das unidades da rede estadual de ensino do Amazonas.
Escola Estadual Doutor Marcos Aurélio em Santa Tereza (GO)
Um aluno de 13 anos entrou armado com uma faca na escola pública onde estuda e usou a arma para ferir duas estudantes, no dia 11 de abril, em Santa Tereza de Goiás, região norte do Estado. O agressor foi contido por uma professora, que não ficou ferida. As duas alunas feridas foram levadas para um hospital com ferimentos leves. O adolescente foi apreendido e colocado à disposição da Justiça.
O ataque aconteceu por volta das 8 horas, na Escola Estadual Doutor Marcos Aurélio, localizada na região central da cidade. O adolescente passou pela portaria levando uma faca. No interior do estabelecimento, ele sacou a arma e avançou contra outros alunos.
Creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau (SC)
No dia 5 de abril, um ataque na creche Cantinho Bom Pastor na Rua dos Caçadores, em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, deixou quatro crianças mortas. As vítimas foram três meninos e uma menina, de 4 a 7 anos. O agressor, de 25 anos, levava uma machadinha e, após fugir do local do crime, se apresentou ao 10° Batalhão de Polícia Militar, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil.
Segundo os bombeiros, havia 40 crianças na creche na manhã daquele dia e o agressor teria pulado o muro e atingido as vítimas de forma aleatória. Uma professora que preferiu não se identificar contou que as crianças brincavam em um parque, que fica próximo ao muro da creche, no momento do ataque.
Escola Estadual Thomazia Montoro em São Paulo (SP)
Em 27 de março, um adolescente de 13 anos esfaqueou quatro professoras e um aluno dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na zona oeste da capital paulista. Por volta das 10h30 daquele dia, foi confirmada a morte da professora identificada como Elisabeth Tenreiro, de 71 anos.
O agressor era do 8º ano do ensino fundamental e foi apreendido. Segundo informações apuradas pelo Estadão na escola, o alvo principal do autor do ataque era um estudante com quem teria brigado na semana anterior ao ataque, mas esse colega não estava no local.
Imagens de câmera de segurança instalada em sala de aula mostraram o momento em que o adolescente foi imobilizado e desarmado por duas professoras: Cintia da Silva Barbosa, professora de Educação Física, aplicou um golpe chamado mata-leão e Sandra Pereira tirou a faca das mãos do aluno, enquanto uma terceira era atacada.
O colégio, de tempo integral, tem cerca de 300 alunos do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) e do médio.