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Araújo diz que Cunha quer acabar com Conselho de Ética

O presidente do Conselho disse que, mesmo com os recursos favoráveis a Cunha e aptos à votação na CCJ, o colegiado seguirá seu trâmite normal


	José Carlos Araújo: "Ele pode tudo, esse que é problema. Essas coisas não podem continuar nessa Casa dessa forma", reclamou Araújo
 (Antônio Cruz/ Agência Brasil)

José Carlos Araújo: "Ele pode tudo, esse que é problema. Essas coisas não podem continuar nessa Casa dessa forma", reclamou Araújo (Antônio Cruz/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 16h02.

Brasília - O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), reagiu com indignação nesta terça-feira, 22, ao recurso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que anule o trâmite do processo disciplinar no colegiado.

"Ele (Cunha) quer acabar com o Conselho de Ética. Na verdade, ele quer tirar o presidente, os vice-presidentes, ele quer tirar o outro relator, quer tirar tudo. Ele pode tudo, esse que é problema. Essas coisas não podem continuar nessa Casa dessa forma", reclamou Araújo.

O presidente do Conselho disse que, mesmo com os recursos favoráveis a Cunha e aptos à votação na CCJ, o colegiado seguirá seu trâmite normal.

A previsão é que vença em 10 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, o prazo para a entrega da defesa formal do peemedebista.

Caso o pedido de Cunha seja acolhido pela CCJ, Araújo estuda a possibilidade de recorrer ao plenário, mas ainda não está claro o que pode ser feito para evitar que o processo volte à estaca zero. "No plenário a coisa é outra", prevê Araújo.

Hoje, a CCJ não conseguiu apreciar o recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) contra a não concessão de vista ao relatório preliminar de Marcos Rogério (PDT-RO) pela admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar.

Adversários de Cunha não marcaram presença na sessão e não houve quórum sequer para abrir os trabalhos.

Na avaliação de Araújo, "caiu a ficha" dos deputados de que o peemedebista queria usar a comissão para manobrar. "Eles não querem compactuar com isso", comentou.

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