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Aquisições de sondas foram regulares, afirma Gabrielli

Em depoimento, o ex-presidente da Petrobras disse que as aquisições de navios-sonda das empresas Mitsui e Samsung ocorreram de forma regular

José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras: aquisições estão na mira da força-tarefa da Lava Jato (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2015 às 22h56.

São Paulo - Em depoimento à Justiça Federal no Paraná, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou que as aquisições de navios-sonda das empresas Mitsui e Samsung para a estatal em 2006 e 2007 ocorreu de forma regular e respeitou ‘todos os procedimentos’ da petrolífera.

As aquisições estão na mira da força-tarefa da Lava Jato que acusa o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró e o lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema, de receber propina de R$ 30 milhões pelo negócio.

Gabrielli, por sua vez, afirmou que Cerveró nunca lhe pediu nenhum tipo de "facilitação" nas negociações para as compras do equipamento com as empresas estrangeiras.

"Acredito que as duas sondas seguiram em ultima instância todos os procedimentos da Petrobras", afirmou Gabrielli em audiência realizada por videoconferência nesta quinta-feira, 26.

Segundo o executivo, a compra dos equipamentos envolve várias decisões da diretoria executiva da estatal, e não apenas o diretor da área Internacional.

As decisões colegiadas são feitas com base em pareces técnicos das diretorias internacional e de finanças, além de um parecer do setor jurídico da empresa. "Existem várias aprovações, cada uma tem uma pauta, uma ata", disse.

Lobista

O juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações penais da Lava Jato, indagou de Gabrielli como ele conheceu o lobista Julio Camargo, que fez delação premiada e fez ruir o esquema de corrupção na Petrobras. Gabrielli explicou que fez viagens ao exterior na condição de diretor financeiro e, depois, de presidente da estatal.

"Tive poucos contatos com Julio Camargo."

O juiz perguntou ao ex-presidente da Petrobras se ele lembra qual era o papel de Camargo. "Ele era o representante da Mitsui no Brasil, pelo que me consta. Representava comercialmente (a Mitsui), tinha participações nas reuniões com os técnicos. Mas não tive nenhuma reunião pessoal com ele."

Segundo a denúncia da força-tarefa da Lava Jato, Julio Camargo foi o responsável por pagar as propinas a Fernando Baiano "por meio de contas offshores no exterior ou em nome de terceiros, com base em contratos simulados e falsas justificativas de câmbio, tudo com o fim de evitar a identificação dos envolvidos, a natureza espúria do dinheiro e a sua atual localização, tornando seguro o produto do crime", assinala a Procuradoria da República.

Gabrielli disse que não conhece o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, preso pela Operação Lava Jato como suposto operador do PMDB na Diretoria Internacional da Petrobras, gestão Nestor Cerveró - ambos, Baiano e Cerveró, estão presos em Curitiba, base da Lava Jato.

"Não conheço o sr. Fernando Soares. Não me recordo se ele esteve presente em reuniões com a Mitsui e a Sansung. Não consigo lembrar quem era o sr. Fernando Soares", afirmou Gabrielli.

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As aquisições estão na mira da força-tarefa da Lava Jato que acusa o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró e o lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema, de receber propina de R$ 30 milhões pelo negócio.

Gabrielli, por sua vez, afirmou que Cerveró nunca lhe pediu nenhum tipo de "facilitação" nas negociações para as compras do equipamento com as empresas estrangeiras.

"Acredito que as duas sondas seguiram em ultima instância todos os procedimentos da Petrobras", afirmou Gabrielli em audiência realizada por videoconferência nesta quinta-feira, 26.

Segundo o executivo, a compra dos equipamentos envolve várias decisões da diretoria executiva da estatal, e não apenas o diretor da área Internacional.

As decisões colegiadas são feitas com base em pareces técnicos das diretorias internacional e de finanças, além de um parecer do setor jurídico da empresa. "Existem várias aprovações, cada uma tem uma pauta, uma ata", disse.

Lobista

O juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações penais da Lava Jato, indagou de Gabrielli como ele conheceu o lobista Julio Camargo, que fez delação premiada e fez ruir o esquema de corrupção na Petrobras. Gabrielli explicou que fez viagens ao exterior na condição de diretor financeiro e, depois, de presidente da estatal.

"Tive poucos contatos com Julio Camargo."

O juiz perguntou ao ex-presidente da Petrobras se ele lembra qual era o papel de Camargo. "Ele era o representante da Mitsui no Brasil, pelo que me consta. Representava comercialmente (a Mitsui), tinha participações nas reuniões com os técnicos. Mas não tive nenhuma reunião pessoal com ele."

Segundo a denúncia da força-tarefa da Lava Jato, Julio Camargo foi o responsável por pagar as propinas a Fernando Baiano "por meio de contas offshores no exterior ou em nome de terceiros, com base em contratos simulados e falsas justificativas de câmbio, tudo com o fim de evitar a identificação dos envolvidos, a natureza espúria do dinheiro e a sua atual localização, tornando seguro o produto do crime", assinala a Procuradoria da República.

Gabrielli disse que não conhece o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, preso pela Operação Lava Jato como suposto operador do PMDB na Diretoria Internacional da Petrobras, gestão Nestor Cerveró - ambos, Baiano e Cerveró, estão presos em Curitiba, base da Lava Jato.

"Não conheço o sr. Fernando Soares. Não me recordo se ele esteve presente em reuniões com a Mitsui e a Sansung. Não consigo lembrar quem era o sr. Fernando Soares", afirmou Gabrielli.

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