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Após crise, Bolsonaro e Pazuello aparecem juntos e sem máscara

Diagnosticado com covid-19 na terça-feira, ministro da Saúde afirmou ter tomado o "kit completo" de medicamentos

Pazuello e Bolsonaro: presidente reforçou sua defesa pelo uso da hidroxicloroquina para tratar a covid-19 (YouTube/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 18h06.

Última atualização em 22 de outubro de 2020 às 18h25.

Em encontro que amenizou a relação com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta quinta-feira, 22, sua defesa pelo uso da hidroxicloroquina para tratar a covid-19. Diagnosticado com doença na terça-feira, Pazuello afirmou ter tomado o "kit completo" de medicamentos.

Pazuello, que é o 12º ministro a contrair covid, informou que sentiu cansaço já no domingo, mas só foi ao médico dois dias depois. "Na terça mesmo eu comecei a tomar hidroxicloroquina e annita, e a azitromicina na quarta-feira", disse durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

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Bolsonaro então destacou que o chefe da Saúde é a "prova" de que os medicamentos funcionam, mesmo que não haja evidências científicas disso. O ministro concordou e disse que nesta manhã acordou "zero bala".

"Mais uma prova que tomou e deu certo. Alguns reclamam que a hidroxicloroquina não tem uma comprovação científica. Não tem para a covid, mas tem para outras coisas e não tem efeito colateral", afirmou Bolsonaro.

O chefe do Executivo repetiu então a orientação de procurar um médico logo nos primeiros sintomas. "Siga as prescrições do médico, se o médico prescrever [ hidroxicloroquina ] tome o mais rápido possível", reforçou o ministro da Saúde.

O encontro fora da agenda do presidente ocorre um dia depois de o mandatário ter desautorizado Pazuello mandar cancelar o protocolo de intenção de compra da vacina chinesa coronavac assinado pelo ministro. "Falaram até que a gente tava brigado. No meio militar é comum acontecer isso aqui. Algum choque de coisas. Não teve problema nenhum", argumentou Bolsonaro.

Em resposta, Pazuello disse: "É simples assim, um manda e outro obedece, mas a gente tem um carinho". Ontem, em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que foi uma "precipitação" a decisão de Pazuello de assinar sobre o protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses chinesas.

O "Pazuca", como foi chamada pelo presidente na conversa, recebeu ainda elogios de Bolsonaro. "Foi um dos melhores ministros da Saúde que tivemos, falei isso para a imprensa. Pode ter certeza, o trabalho dele está sendo excepcional", disse. O ministro acrescentou dizendo que "as coisas estão bem estruturadas e a equipe [ do Ministério ] é boa".

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