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Após confronto, PM ocupa conjunto de favelas em BH

Militares ocuparam pontos estratégicos da favela para evitar novas manifestações de moradores e criminosos

Embate envolveu dezenas de moradores e integrantes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM mineira (Wikimedia Commons)

Embate envolveu dezenas de moradores e integrantes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM mineira (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 13h19.

Belo Horizonte - A Polícia Militar reforçou a presença no Aglomerado da Serra, na região centro-sul de Belo Horizonte, na manhã de hoje. Na noite de ontem, o local foi palco de um confronto entre policiais e moradores, que atearam fogo em um micro-ônibus e mais dois veículos e atacaram as forças de segurança a pedradas, em um protesto contra duas mortes ocorridas durante uma operação da PM.

No confronto, uma menina de cinco anos foi ferida por estilhaços de uma bomba de efeito moral e três homens, incluindo um cinegrafista, foram atingidos por balas de borracha. Ao menos três homens foram presos durante o embate, que envolveu dezenas de moradores e integrantes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM mineira.

Na manhã de hoje, estudantes que eram colegas de uma das vítimas Jefferson Coelho da Silva, de 17 anos, fizeram nova manifestação no conjunto de favelas, mas em clima pacífico. Jefinho, como o rapaz era conhecido, foi morto junto com seu tio o auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, 39, na madrugada de sábado. Os dois são, respectivamente, filho e irmão do cabo Denilson Veriano da Silva, da PM.

Segundo a polícia, as vítimas estavam com um grupo de cerca de 20 homens, parte deles com fardas da PM, que teria disparado contra militares. Um policial teria sido atingido no colete à prova de balas. Quem vive na comunidade, porém, afirma que a versão é falsa e que as vítimas não tinham envolvimento com crimes. A Corregedoria da PM abriu sindicância para apurar o caso, que também será investigado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil.

Após as mortes, ainda no sábado, dois ônibus foram incendiados no aglomerado. Militares ocuparam pontos estratégicos da favela para evitar novas manifestações. No entanto, depois do enterro das vítimas, ontem, moradores que se reuniram na Praça do Cardoso, na Vila Marçola, começaram a jogar pedras nas viaturas da PM.

Um dos policiais deu um tiro para cima e teve início o confronto. Os manifestantes ficaram ainda mais revoltados após uma criança de cinco anos ser ferida e expulsaram os policiais a pedradas. A PM reforçou o contingente no local com homens do Gate, que deram vários tiros com balas de borracha para tentar dispersar a multidão. Os confrontos continuaram em outros pontos do aglomerado até o fim da noite. A assessoria de imprensa da PM foi procurada para comentar o caso, mas não foi encontrada.

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