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Anvisa se coloca favorável à liberação do uso do canabidiol

O documento deverá ser peça-chave para nortear a decisão de diretores da agência sobre o assunto, marcada para esta quarta-feira, 14


	Canabidiol: embora não tenha efeito psicoativo, ele consta na lista de substâncias proibidas
 (Reprodução/ Filme Ilegal)

Canabidiol: embora não tenha efeito psicoativo, ele consta na lista de substâncias proibidas (Reprodução/ Filme Ilegal)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 19h41.

Brasília - Relatório técnico feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é favorável à liberação do uso terapêutico do canabidiol, substância presente na maconha.

O documento deverá ser peça-chave para nortear a decisão de diretores da agência sobre o assunto, marcada para esta quarta-feira, 14. 

Embora não tenha efeito psicoativo, o canabidiol consta atualmente na lista de substâncias proibidas.

Mudança na classificação do canabidiol é uma reivindicação de familiares de crianças e adolescentes que têm crises repetidas de convulsão.

O tema vem sendo discutido na Anvisa desde o ano passado.

Em abril, a reclassificação do produto foi avaliada pela agência mas, diante das dúvidas, um estudo foi encomendado e uma nova data para discussão, marcada.

Na última semana de dezembro, o relator do assunto na Anvisa, Renato Porto, reuniu-se com integrantes do movimento que luta pela liberação do uso do canabidiol.

Na conversa, ele adiantou que várias dúvidas existentes sobre o assunto haviam sido esclarecidas - para interlocutores, um claro indicativo de que ele votará favoravelmente à reclassificação do produto.

A substância sairia da lista de produtos proibidos, a F1, e seria incluída na C1, de uso terapêutico permitido, mas sujeito a controle.

Nos Estados Unidos, o canabidiol é liberado.

Desde o ano passado, familiares passaram a solicitar na Anvisa autorização especial para importação do produto. Até dezembro, chegaram à Agência quase 300 pedidos para importação.

No mês passado, duas notícias foram comemoradas por familiares.

O Conselho Federal de Medicina emitiu um parecer liberando médicos a receitar o medicamento. Essa medida era considerada essencial para reduzir a resistência apresentada ainda por parte de profissionais.

O argumento até então usado pelos médicos era o de que não havia condições de um profissional receitar, por escrito, o uso de um produto que integra a lista de substâncias proibidas.

A apresentação da receita é necessária para ingressar, na Anvisa, com pedido de liberação especial do produto.

A segunda boa notícia foi a mudança nas regras da própria Anvisa para familiares solicitarem a autorização especial.

A partir de dezembro, a autorização, que antes era específica para cada importação, passou a ter validade de um ano. 

Além da mudança na classificação do canabidiol, está prevista para esta quarta a discussão sobre regras de importação do produto.

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