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Anthony e Rosinha Garotinho são presos pela PF no Rio

Filha do ex-governador confirmou a prisão em entrevista à rádio CBN

Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho em 2003 (Agência Brasil/Agência Brasil)

Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho em 2003 (Agência Brasil/Agência Brasil)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 09h27.

Última atualização em 22 de novembro de 2017 às 11h59.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal (PF) de Campos de Goytacazes, no norte do Rio, prendeu os ex-governadores do Estado Anthony Garotinho (PR) e sua esposa, Rosinha Garotinho (PR), em operação deflagrada na manhã desta quarta-feira, 22.

Garotinho foi detido em sua casa na zona sul da capital fluminense, enquanto a mulher foi presa em um endereço do casal no município de Campos, no norte do Estado, um reduto eleitoral da família Garotinho.

Os pedidos de prisão foram feito pelo Ministério Público Eleitoral, que apura a arrecadação de dinheiro ilícito para o financiamento da campanha dos dois. A investigação é um desdobramento da "Operação Chequinho", que apura fraude com fins eleitorais no programa Cheque Cidadão por Garotinho.

Esta não é a primeira vez que o ex-governador é preso. Ele já tinha sido detido, em setembro, quando apresentava um programa de rádio quando foi condenado por compra de votos e sentenciado à prisão domiciliar.

Em nota distribuída por sua assessoria de imprensa, Garotinho atribui diz ter sido preso devido a uma perseguição, da qual vem sendo vitima desde que denunciou o esquema do ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio.

Com o título “Querem Calar o Garotinho mais uma vez”, a nota destaca que quem assinou o pedido de prisão foi o juiz Glaucenir de Oliveira, “o mesmo que decretou a primeira prisão de Garotinho no ano passado, logo após ele ter denunciado [o desembargador] Luiz Zveiter à Procuradoria Geral da República”.

Garotinho sustenta, ainda, que “nem ele nem nenhum dos acusados cometeu crime”. Ela ressalta que a ordem de prisão dada pelo juiz Glaucenir é para que Garotinho vá com a esposa, Rosinha, para o presídio de Benfica, “justamente onde estão os presos da Lava Jato”.

No comunicado distribuído à imprensa, a assessoria do ex-governador frisa que “essa operação à qual Garotinho e Rosinha respondem não tem relação alguma com a Lava Jato”.

Acusações

Entre os contratos suspeitos há um acordo de 3 milhões de reais firmado por uma "grande empresa do ramo de processamento de carnes" com uma empresa sediada em Macaé (RJ) para prestação de serviços na área de informática, que, na realidade, serviria apenas para o repasse irregular de valores para utilização nas campanhas, afirmou a PF em comunicado.

Uma fonte da Polícia Federal, que pediu para não ser identificada, disse à agência de notícias Reuters que a empresa de processamento de carnes é a JBS. Procurada, a empresa não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

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