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Alta dos juros deve voltar no começo de 2011

Consultor econômico da WinTrade afirma que o BC vai reagir às expectativas de aumento de inflação logo na primeira reunião, em janeiro

Ação rápida da equipe de Meirelles ajuda a manter credibilidade da autoridade monetária no sistema de metas, diz analista da WinTrade (Wikimedia Commons/EXAME.com)

Ação rápida da equipe de Meirelles ajuda a manter credibilidade da autoridade monetária no sistema de metas, diz analista da WinTrade (Wikimedia Commons/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2010 às 21h03.

São Paulo - Estabilidade no fim deste ano e retomada do ciclo de altas em 2011. Esta é a projeção do consultor econômico da WinTrade José Góes para o comportamento da taxa Selic nos próximos meses. Para ele, é provável que o Banco Central (BC) volte a elevar os juros já na primeira reunião em janeiro.

"Trabalho com este cenário porque a estimativa para a inflação em 2011, divulgada pelo relatório Focus, tem aumentado nas últimas semanas. Diante disto, é natural que o BC tente jogar as expectativas mais para o centro da meta", afirma o economista.

Góes explica que no sistema adotado pela autoridade monetária, de metas dos indicadores de inflação, é importante haver rapidez nas ações. "Isso dá credibilidade tanto à política quanto ao próprio banco", diz. Entretanto, ele afirma que o cenário ainda não está completamente definido. O comportamento dos índices de inflação no fim deste ano será decisivo para dar o ritmo das ações do BC ao longo de 2011.

"Quando houve a parada no ciclo de alta dos juros, os preços estavam mais estáveis, principalmente os das commodities. Agora a situação não é a mesma, e nota-se um aumento. Tudo bem que muito em função da desvalorização do dólar, mas é fato que os preços subiram. Ou seja, não dá para descartar um cenário de alta dos juros."

IOF
O economista da WinTrade diz que a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras para conter a entrada de capital externo no país pode dar condições para uma futura elevação da Selic. "Neste caso, a taxação dos investimentos estrangeiros compensaria o aumento da rentabilidade proporcionado pelos juros maiores", afirma.

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