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Aloysio Nunes cancela encontro após Unasul defender Dilma

Em visita oficial ao Brasil, Samper afirmou que o bloco regional é contra o afastamento da presidente e que ela tem legitimidade para terminar o mandato

Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP): em visita oficial ao Brasil, Samper, o o secretário-geral da Unasul, afirmou que o bloco regional é contra o afastamento da presidente e que ela tem legitimidade para terminar o mandato (Moreira Mariz/Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 13h56.

Brasília - O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), cancelaram a reunião que teriam na quarta-feira, 14, com o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) , Ernesto Samper.

O motivo do cancelamento, segundo Aloysio, foram as manifestações do secretário-geral, na última terça-feira, em defesa da presidente Dilma Rousseff e contra o impeachment.

"A declaração dele (Samper) foi inadequada. Ele fez coro com outros presidentes irmãos de fé da presidente Dilma como Cristina Kirchner (Argentina), Ariel Ortega (Nicarágua), Evo Morales (Bolívia), e Nicolás Maduro (Venezuela), sempre repetindo o mesmo mantra, que a preservação do mandato da presidente Dilma contra o impeachment é sinônimo da preservação da democracia e respeito à Constituição no Brasil", disse Aloysio Nunes. "Vêm nos dar lição de democracia quando não abrem a boca pra falar sobre a tirania venezuelana", afirmou o tucano.

Em visita oficial ao Brasil nesta semana e após reunir-se com Dilma, Samper afirmou que o bloco regional é contra o afastamento da presidente e que ela tem legitimidade para terminar o mandato.

"A posição de Unasul é muito clara: a presidente pode e deve terminar o seu mandato", disse o secretário-geral, na ocasião. Segundo ele, Dilma é uma "pessoa honesta" e que foi "eleita constitucionalmente".

Ao jornal Valor, Samper afirmou que a entidade acionará uma cláusula democrática caso a presidente seja cassada pelo Congresso Nacional. "Existe uma cláusula democrática que prevê que a Unasul deve intervir para evitar que, de uma maneira brusca, se altere a ordem constitucional".

Aécio Neves também considerou a manifestação de Samper imprópria. Para o presidente nacional do PSDB, se opor ao pedido de impeachment é um desrespeito para com as instituições brasileiras.

"Apostar em um desfecho agride as instituições nacionais, como o Tribunal de Contas, o Tribunal Superior Eleitoral e o Superior Tribunal Federal, que são suficientes para lidar com as crises que o país atravessa."

A reunião dos senadores com Samper havia sido marcada pelo Itamaraty, já que Aloysio Nunes também é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. "Diante dessas declarações, não vemos mais sentido nessa reunião. Ele está de um lado e nós de outro em matéria de liberdade e democracia", disse Aloysio.

A Unasul, foi criada em 2008 para fortalecer as relações políticas, comerciais, culturais e sociais dos 12 países da América do Sul.

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Brasília - O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), cancelaram a reunião que teriam na quarta-feira, 14, com o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) , Ernesto Samper.

O motivo do cancelamento, segundo Aloysio, foram as manifestações do secretário-geral, na última terça-feira, em defesa da presidente Dilma Rousseff e contra o impeachment.

"A declaração dele (Samper) foi inadequada. Ele fez coro com outros presidentes irmãos de fé da presidente Dilma como Cristina Kirchner (Argentina), Ariel Ortega (Nicarágua), Evo Morales (Bolívia), e Nicolás Maduro (Venezuela), sempre repetindo o mesmo mantra, que a preservação do mandato da presidente Dilma contra o impeachment é sinônimo da preservação da democracia e respeito à Constituição no Brasil", disse Aloysio Nunes. "Vêm nos dar lição de democracia quando não abrem a boca pra falar sobre a tirania venezuelana", afirmou o tucano.

Em visita oficial ao Brasil nesta semana e após reunir-se com Dilma, Samper afirmou que o bloco regional é contra o afastamento da presidente e que ela tem legitimidade para terminar o mandato.

"A posição de Unasul é muito clara: a presidente pode e deve terminar o seu mandato", disse o secretário-geral, na ocasião. Segundo ele, Dilma é uma "pessoa honesta" e que foi "eleita constitucionalmente".

Ao jornal Valor, Samper afirmou que a entidade acionará uma cláusula democrática caso a presidente seja cassada pelo Congresso Nacional. "Existe uma cláusula democrática que prevê que a Unasul deve intervir para evitar que, de uma maneira brusca, se altere a ordem constitucional".

Aécio Neves também considerou a manifestação de Samper imprópria. Para o presidente nacional do PSDB, se opor ao pedido de impeachment é um desrespeito para com as instituições brasileiras.

"Apostar em um desfecho agride as instituições nacionais, como o Tribunal de Contas, o Tribunal Superior Eleitoral e o Superior Tribunal Federal, que são suficientes para lidar com as crises que o país atravessa."

A reunião dos senadores com Samper havia sido marcada pelo Itamaraty, já que Aloysio Nunes também é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. "Diante dessas declarações, não vemos mais sentido nessa reunião. Ele está de um lado e nós de outro em matéria de liberdade e democracia", disse Aloysio.

A Unasul, foi criada em 2008 para fortalecer as relações políticas, comerciais, culturais e sociais dos 12 países da América do Sul.

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