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'Aliança com Maluf é um pacto por SP', diz Haddad

Segundo Haddad, a negociação que levou os dois partidos a selarem o acordo não envolveu mudanças em seu plano de governo

A pré-candidatura de Fernando Haddad foi lançada oficialmente no 18º Encontro Municipal do PT (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 14h51.

São Paulo - O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad negou na tarde desta segunda que o apoio do PP, do deputado federal Paulo Maluf, à sua candidatura tenha sido ocasionado pela oferta de cargos na administração federal de Dilma Rousseff. "Não houve essa questão. Estamos fazendo um pacto pela cidade", disse.

Maluf atribuiu a aliança com o PT ao seu "amor por São Paulo". "(Haddad) é o nosso candidato porque eu amo São Paulo e, por amor a São Paulo, eu tenho plena convicção que a cidade precisa do governo federal para resolver seus problemas", afirmou durante o evento que anunciou o apoio, em sua residência.

Com discurso afinado ao de Haddad, Maluf negou que o indicado para a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Osvaldo Garcia, seja seu aliado. "Não é ligado a mim não. Essa pergunta cabe ao ministro (das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do PP), não a mim ou ao Haddad", disse. E brincou com os presentes: "Acho que ele é paranaense, não é?".

Segundo Haddad, a negociação que levou os dois partidos a selarem o acordo não envolveu mudanças em seu plano de governo. "Não me foi pedida nenhuma alteração dos meus planos para a cidade. Estou com o plano de governo bem adiantado. Submeti a várias pessoas, inclusive do PP, a visão de conjunto, minhas áreas prioritárias, estamos de acordo sobre uma infinidade de coisas. O que nos pauta é São Paulo", emendou.


Quando instado a responder se a aliança entre PP e PT deveria ser interpretada como ideológica ou parte do vale tudo eleitoral Maluf cravou: "Nós queremos um governo eficiente. Não tem mais direita ou esquerda no mundo. A esquerda está aonde, na Rússia ou na China, que não tem direitos humanos? Em Cuba, que deporta seus boxeadores?"

Feijoada

O anúncio da adesão do PP à pré-candidatura de Fernando Haddad foi envolto pela troca de amenidades entre Maluf e os representantes do PT. Com discurso afinado, todos ressaltaram que, apesar das divergências históricas, a aliança buscava repetir em São Paulo a parceria do plano federal.

Marcado para às 13 horas na casa de Maluf, o evento começou com uma visita relâmpago do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou às 12h45 e foi embora cerca de 15 minutos depois, sem falar com a imprensa. Além de Maluf e Haddad, apenas o presidente nacional do PT, Rui Falcão, falou à imprensa. Segundo interlocutores do ex-presidente, sua presença foi uma condição imposta por Maluf para fechar a aliança e, por isso, não teria ficado mais tempo no evento.

Após o anúncio da aliança, o cardápio do almoço na casa de Maluf foi feijoada. Em seguida, representantes do PT e do PP foram à sede do diretório municipal do PP para homologar a aliança.

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São Paulo - O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad negou na tarde desta segunda que o apoio do PP, do deputado federal Paulo Maluf, à sua candidatura tenha sido ocasionado pela oferta de cargos na administração federal de Dilma Rousseff. "Não houve essa questão. Estamos fazendo um pacto pela cidade", disse.

Maluf atribuiu a aliança com o PT ao seu "amor por São Paulo". "(Haddad) é o nosso candidato porque eu amo São Paulo e, por amor a São Paulo, eu tenho plena convicção que a cidade precisa do governo federal para resolver seus problemas", afirmou durante o evento que anunciou o apoio, em sua residência.

Com discurso afinado ao de Haddad, Maluf negou que o indicado para a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Osvaldo Garcia, seja seu aliado. "Não é ligado a mim não. Essa pergunta cabe ao ministro (das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do PP), não a mim ou ao Haddad", disse. E brincou com os presentes: "Acho que ele é paranaense, não é?".

Segundo Haddad, a negociação que levou os dois partidos a selarem o acordo não envolveu mudanças em seu plano de governo. "Não me foi pedida nenhuma alteração dos meus planos para a cidade. Estou com o plano de governo bem adiantado. Submeti a várias pessoas, inclusive do PP, a visão de conjunto, minhas áreas prioritárias, estamos de acordo sobre uma infinidade de coisas. O que nos pauta é São Paulo", emendou.


Quando instado a responder se a aliança entre PP e PT deveria ser interpretada como ideológica ou parte do vale tudo eleitoral Maluf cravou: "Nós queremos um governo eficiente. Não tem mais direita ou esquerda no mundo. A esquerda está aonde, na Rússia ou na China, que não tem direitos humanos? Em Cuba, que deporta seus boxeadores?"

Feijoada

O anúncio da adesão do PP à pré-candidatura de Fernando Haddad foi envolto pela troca de amenidades entre Maluf e os representantes do PT. Com discurso afinado, todos ressaltaram que, apesar das divergências históricas, a aliança buscava repetir em São Paulo a parceria do plano federal.

Marcado para às 13 horas na casa de Maluf, o evento começou com uma visita relâmpago do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou às 12h45 e foi embora cerca de 15 minutos depois, sem falar com a imprensa. Além de Maluf e Haddad, apenas o presidente nacional do PT, Rui Falcão, falou à imprensa. Segundo interlocutores do ex-presidente, sua presença foi uma condição imposta por Maluf para fechar a aliança e, por isso, não teria ficado mais tempo no evento.

Após o anúncio da aliança, o cardápio do almoço na casa de Maluf foi feijoada. Em seguida, representantes do PT e do PP foram à sede do diretório municipal do PP para homologar a aliança.

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