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Aliados de Cunha querem eleição de presidente no dia da CCJ

A data é a mesma da reunião que vai analisar recurso de Cunha sobre seu processo de cassação


	Cunha: a data é a mesma da reunião que vai analisar recurso de Cunha sobre seu processo de cassação
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Cunha: a data é a mesma da reunião que vai analisar recurso de Cunha sobre seu processo de cassação (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 12h36.

Brasília - Diante de um impasse entre líderes de partidos e o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), aliados a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendem que a eleição do novo presidente da Casa ocorra na próxima terça-feira, 12.

A data é a mesma da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que vai analisar recurso de Cunha sobre seu processo de cassação.

Como as comissões temáticas não podem funcionar quando é iniciada a ordem do dia, a eleição do presidente impediria o funcionamento da CCJ, que precisaria ser adiada, podendo ser retomada apenas após o fim dos trabalhos no plenário ou até em outro dia.

Isso daria mais tempo a Cunha no processo contra seu mandato. "Hoje é prioridade na Casa a eleição do presidente. Se a reunião da CCJ tiver que ser depois, é isso que tem que acontecer", disse Carlos Marun (PMDB-MS).

Um dos principais defensores de Cunha na Casa, o peemedebista disse que foi o primeiro a sugerir a eleição na terça-feira. A data ainda não está definida, já que Maranhão insiste que a sessão seja na quinta-feira, dia 14.

O primeiro secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), que elogiou Cunha pela boa condução da Câmara, apesar de seus problemas pessoais, disse que vai tentar convencer Maranhão de que a eleição do presidente precisa ser na terça. Essa foi a decisão tomada por maioria dos líderes en reunião realizada ontem.

Em retaliação à decisão das lideranças, Maranhão demitiu nesta manhã o Secretário Geral da Mesa da Câmara, Silvio Avelino, que acompanhou a reunião entre os parlamentares.

"Dentro do regimento, o colégio de líderes é soberano", disse Mansur. "Parece briga de criança, de quem vai ficar com a bola".

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