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Aliado de Renan é retirado do comando de eleição para presidente do Senado

Senador Davi Alcolumbre retirou o servidor Luiz Fernando de Mello do cargo de secretário-geral da Mesa da Casa e defende votação aberta para presidência

Renan Calheiros: Senador tenta a presidência do Senado pela quinta vez (Ueslei Marcelino/Reuters)

Renan Calheiros: Senador tenta a presidência do Senado pela quinta vez (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 15h54.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2019 às 16h17.

O presidente do Senado em exercício e candidato a presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), retirou do cargo de secretário-geral da Mesa da Casa o servidor Luiz Fernando Bandeira de Mello, que chegou ao cargo na gestão do adversário Renan Calheiros (MDB-AL), que tentará a sua quinta reeleição para o cargo.

Como o principal responsável pelas decisões administrativas do Senado, Bandeira de Mello havia publicado na manhã desta sexta-feira as regras para a eleição da Mesa Diretora da Casa na qual prevê que as votações sejam secretas, conforme prevê o regimento interno. A eleição da Mesa Diretora está marcada para as 18h desta sexta.

Em tese, essas votações secretas beneficiam Renan, porque os senadores não terão de revelar publicamente seus votos. Renan tem sido alvo de críticas, principalmente em redes sociais, em razão das sucessivas denúncias e investigações contra ele.

Contudo, Renan - um dos mais experientes parlamentares em atividade e que pretende presidir o Senado pela quinta vez - tem dado sinalizações de alinhamento com a pauta do governo do presidente Jair Bolsonaro, em especial a reforma da Previdência.

Esse "novo Renan", como ele próprio se define, contrasta com o da campanha, em que apoiou o adversário de Bolsonaro, o petista Fernando Haddad, e ainda defendeu a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena por condenação na operação Lava Jato.

Por ser o único senador remanescente da Mesa Diretora passada, Alcolumbre tenta também presidir a sessão de eleição para os cargos de direção da Casa, mesmo sendo candidato a presidente do Senado. Alcolumbre quer também se viabilizar como o único candidato anti-Renan. Ele ainda conta com respaldo nos bastidores do ministro da Casa Civil e correligionário, Onyx Lorenzoni, movimento esse que gerou críticas de senadores de suposta interferência do Planalto na disputa.

O senador do DEM tem defendido que se realize uma votação aberta - com a declaração de voto - para a Mesa Diretora do Senado, fórmula que ele considera mais fácil para vencer Renan. Antes da votação, os senadores serão empossados e há a expectativa de que haja pedidos para que se faça a votação aberta.

Por ser o mais antigo entre os 3 adjuntos, o secretário-geral adjunto da Mesa Diretora, José Roberto Leite Matos, é quem deve comandar os trabalhos da sessão. Alcolumbre, responsável por retirar Bandeira de Mello, não nomeou ninguém para o lugar.

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