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Além de SP, Enel coleciona histórico de problemas em outros estados

Em 2022, a empresa italiana chegou a vender a concessão da distribuição de energia em Goiás após uma série de críticas

 (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

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Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 15 de outubro de 2024 às 13h34.

Última atualização em 15 de outubro de 2024 às 13h41.

Quatro dias após o temporal que atingiu o estado de São Paulo, cerca de 250 mil imóveis na capital paulista e na região metropolitana continuam sem energia elétrica. Na segunda-feira, a Enel, distribuidora de energia da região, comprometeu-se a restabelecer o fornecimento em até três dias. Principal alvo das críticas, a concessionária acumula um histórico de problemas em outros estados. Em 2022, a empresa chegou a vender suas operações de distribuição no estado de Goiás após, segundo o governador Ronaldo Caiado, não prestar um "serviço de qualidade".

A Enel assumiu a distribuição de energia em Goiás em 2017, após adquirir a antiga Companhia Energética de Goiás (Celg) por R$ 2,1 bilhões. Na ocasião, a empresa prometeu reduzir em 40% as quedas no fornecimento de energia no estado, uma meta que não foi atingida.

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Com as recorrentes interrupções no serviço, o governador Ronaldo Caiado passou a defender, em várias ocasiões, a cassação da concessão. Como a reestatização não era legalmente viável, Caiado sugeriu que a companhia italiana transferisse a operação para outra empresa.

Em 2022, a Enel vendeu suas operações para o grupo brasileiro Equatorial Energia por R$ 1,6 bilhão. Além da gestão dos serviços, a Equatorial assumiu uma dívida de R$ 5,7 bilhões, deixada pela distribuidora. Em um relatório publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em março deste ano, a Equatorial ficou com a última colocação no ranking de desempenho das distribuidoras de energia.

Além de Goiás, o grupo Equatorial é responsável pela distribuição de energia nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul e Amapá.

Problemas em outros estados

Em 2023, a Enel, responsável por atender 66 municípios no Rio de Janeiro, foi processada pelo Ministério Público (MP-RJ) em uma ação civil pública que denunciava diversas falhas no fornecimento de energia em Paraty.

No Ceará, a concessionária está sendo investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa, que apura problemas como o não cumprimento de prazos para obras, cobranças indevidas e o envio de faturas duplicadas. Já em 2022, o Ministério Público do Ceará entrou com uma ação judicial contra a empresa, exigindo reparação por danos morais coletivos devido à má qualidade dos serviços oferecidos.

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