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Alckmin vai terceirizar serviço de 190 da PM

O governador de São Paulo argumentou que o objetivo é liberar parte dos 700 PMs do 190 para que voltem às ruas

Alckmin: as equipes contratadas serão treinadas e trabalharão sob orientação de policiais, segundo a PM (Marcelo Camargo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 10h19.

Campinas - A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo vai terceirizar o atendimento de emergências por telefone da Polícia Militar - o 190. Empresas privadas serão contratadas por licitação. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ver a iniciativa "de maneira positiva".

"É um estudo que está sendo feito, que ainda não está definido", alegou ontem o governador, em evento no Palácio dos Bandeirantes. O projeto-piloto, porém, está pronto e começa pela capital, Osasco e São José dos Campos. O modelo de licitação já está definido e aguarda aval jurídico.

Alckmin argumentou que o objetivo é liberar parte dos 700 PMs do 190 para que voltem às ruas. "Devemos ter cada vez mais o policial na atividade-fim. O policial é um profissional extremamente especializado. Você pode ter civis nesse trabalho liberando os policiais", disse o governador.

Estudo da PM apontou que, com 150 mil ligações por dia, o atendimento que funciona 24 horas deveria ter 1,2 mil funcionários. Sem ter como retirar mais policiais das ruas, o governo decidiu testar um modelo já implementado em Minas, Distrito Federal, Rio e Sergipe.

"Essa medida faz parte de uma atividade que já está sendo desenvolvida faz um tempo pela Polícia Militar, que é eliminar o emprego de policial em atividade-meio e empregá-lo em atividade-fim", disse o secretário Fernando Grella Vieira, em visita a Campinas, anteontem.

As equipes contratadas serão treinadas e trabalharão sob orientação de policiais, segundo a PM. A proposta de terceirizar, no entanto, é duramente criticada por especialistas em segurança pública.


O argumento de que é para reforçar o policiamento na rua não procede. Boa parte não tem mais o perfil", disse o analista criminal Guaracy Mingardi, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Para ele, se parte dos 700 PMs que atuam nos 15 Comandos de Operação da Polícia Militar (Copom) for liberada, o número é muito baixo para resolver a falta de policiais nas ruas. O Estado tem mais de 90 mil Pms.

Em janeiro de 2010, a morte de um comerciante que ligou para o 190 levantou dúvidas sobre a terceirização em Sergipe. A vítima ligou e informou que havia suspeitos em uma moto na frente de sua loja. A atendente pediu placa, detalhes dos homens e não processou o pedido. O comerciante foi morto com um tiro na cabeça.

Alternativa

Para o coronel da reserva José Vicente da Silva Filho, o ideal seria optar por policiais aposentados ou com problemas de locomoção. "Em Nova York, quem faz o atendimento são senhoras de cadeiras de rodas. Pode dar certo o atendimento com terceirizados, mas é preciso um bom treinamento e que eles atuem sempre com a supervisão da PM."

O bancário Rogério Pires, de 38 anos, precisou acionar a PM pelo 190 em 2010, quando foi roubado em uma cidade da Região Metropolitana de Campinas. "Era de noite, colocaram uma arma na minha cabeça e levaram minha prima. Fui atendido por um policial, que me ajudou a ficar calmo, apesar do pavor. Ela foi solta depois. Acho que alguém que não é PM teria problemas com a situação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Campinas - A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo vai terceirizar o atendimento de emergências por telefone da Polícia Militar - o 190. Empresas privadas serão contratadas por licitação. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ver a iniciativa "de maneira positiva".

"É um estudo que está sendo feito, que ainda não está definido", alegou ontem o governador, em evento no Palácio dos Bandeirantes. O projeto-piloto, porém, está pronto e começa pela capital, Osasco e São José dos Campos. O modelo de licitação já está definido e aguarda aval jurídico.

Alckmin argumentou que o objetivo é liberar parte dos 700 PMs do 190 para que voltem às ruas. "Devemos ter cada vez mais o policial na atividade-fim. O policial é um profissional extremamente especializado. Você pode ter civis nesse trabalho liberando os policiais", disse o governador.

Estudo da PM apontou que, com 150 mil ligações por dia, o atendimento que funciona 24 horas deveria ter 1,2 mil funcionários. Sem ter como retirar mais policiais das ruas, o governo decidiu testar um modelo já implementado em Minas, Distrito Federal, Rio e Sergipe.

"Essa medida faz parte de uma atividade que já está sendo desenvolvida faz um tempo pela Polícia Militar, que é eliminar o emprego de policial em atividade-meio e empregá-lo em atividade-fim", disse o secretário Fernando Grella Vieira, em visita a Campinas, anteontem.

As equipes contratadas serão treinadas e trabalharão sob orientação de policiais, segundo a PM. A proposta de terceirizar, no entanto, é duramente criticada por especialistas em segurança pública.


O argumento de que é para reforçar o policiamento na rua não procede. Boa parte não tem mais o perfil", disse o analista criminal Guaracy Mingardi, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Para ele, se parte dos 700 PMs que atuam nos 15 Comandos de Operação da Polícia Militar (Copom) for liberada, o número é muito baixo para resolver a falta de policiais nas ruas. O Estado tem mais de 90 mil Pms.

Em janeiro de 2010, a morte de um comerciante que ligou para o 190 levantou dúvidas sobre a terceirização em Sergipe. A vítima ligou e informou que havia suspeitos em uma moto na frente de sua loja. A atendente pediu placa, detalhes dos homens e não processou o pedido. O comerciante foi morto com um tiro na cabeça.

Alternativa

Para o coronel da reserva José Vicente da Silva Filho, o ideal seria optar por policiais aposentados ou com problemas de locomoção. "Em Nova York, quem faz o atendimento são senhoras de cadeiras de rodas. Pode dar certo o atendimento com terceirizados, mas é preciso um bom treinamento e que eles atuem sempre com a supervisão da PM."

O bancário Rogério Pires, de 38 anos, precisou acionar a PM pelo 190 em 2010, quando foi roubado em uma cidade da Região Metropolitana de Campinas. "Era de noite, colocaram uma arma na minha cabeça e levaram minha prima. Fui atendido por um policial, que me ajudou a ficar calmo, apesar do pavor. Ela foi solta depois. Acho que alguém que não é PM teria problemas com a situação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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