Alckmin recebe vaias ao visitar estação da CPTM
"Melhora a saúde e o metrô", "Diminui o preço da tarifa" e "O senhor acabou com a nossa água" foram algumas das reclamações
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2014 às 17h15.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, recebeu vaias e xingamentos durante uma visita à Estação Palmeiras-Barra Funda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ( CPTM ), na zona oeste da capital paulista, na manhã desta terça-feira, 19. Os gritos ocorreram principalmente no fim da visita do tucano ao local, no qual vistoriou obras de acessibilidade.
As vaias se concentraram na rampa que liga a estação às imediações do Memorial da América Latina, sobre a Avenida Auro Soares de Moura Andrade. "Melhora a saúde e o metrô", "Diminui o preço da tarifa" e "O senhor acabou com a nossa água" foram algumas das reclamações dirigidas em voz alta ao tucano, que enfrenta uma crise no abastecimento hídrico da Grande São Paulo desde o início do ano. Ele sempre negou falta de investimentos no setor, que, segundo críticos, poderiam ter evitado ou amenizado a falta d'água.
Ao ser questionado pela imprensa sobre as vaias, o tucano riu e desconversou, lembrando que, a pedidos, tirou muitas fotos ao lado de passageiros da CPTM durante a rápida vistoria. Essas fotos, em que os próprios fotografados empunham o celular ou a câmera para fazer o registro, tem recebido nos últimos tempos o nome em inglês de selfie.
"Primeiro, queria destacar aqui que hoje foi o recorde de selfies, de fotografias." Em seguida, comentou sobre as vaias. "É claro, isso é normal, você deve ter pessoas de outros partidos, enfim. Mas eu não conheço ninguém que ande na rua como eu ando. Acho que sou um dos poucos candidatos que anda no meio da população. Total liberdade para as pessoas. Então, o carinho da população é o que eu quero destacar", afirmou.
Uma passageira que estava perto do tucano tentou conversar com ele sobre a falta de água em sua casa. Segundo ela, já existe racionamento onde vive. Alckmin, no entanto, não parou para conversar com a jovem - diferentemente do que fez com pessoas que o abordaram sobre outros assuntos.