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AGU recorre de decisão do TCU que bloqueia verbas do programa Pé de Meia

Corte aponta irregularidades fiscais e possíveis impactos na credibilidade das contas públicas

Programa enfrenta risco de paralisação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Agência o Globo
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Publicado em 23 de janeiro de 2025 às 11h01.

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A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso, nesta quarta-feira, 22, contra uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que bloqueia parte das verbas para financiar o programa social Pé de Meia, voltado a estudantes do ensino médio público inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

O programa, uma das principais iniciativas sociais do governo Lula, enfrenta risco de paralisação devido à restrição do uso de recursos provenientes do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc).

O TCU argumenta que esses fundos, por conterem participação privada, devem ser incluídos no Orçamento da União antes de serem destinados ao programa.

A AGU sustenta que não há ilegalidade no uso dos fundos e alerta que o bloqueio de cerca de R$ 6 bilhões pode comprometer a continuidade do programa, prejudicando milhares de estudantes.

No recurso, a AGU solicita a suspensão imediata da decisão e, caso não seja revertida, pede que seus efeitos sejam adiados para 2026, com prazo de 120 dias para o governo apresentar um plano de adequação.

A decisão do TCU, inicialmente tomada como liminar pelo ministro Augusto Nardes, foi confirmada, por unanimidade, pelo plenário da corte.

O que aconteceu

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o bloqueio de R$ 6 bilhões em recursos que o governo utilizaria para pagar benefícios do programa Pé-de-Meia.

Na última sexta-feira, o ministro Augusto Nardes havia concedido uma medida cautelar suspendendo os recursos, argumentando que a transferência foi realizada fora do Orçamento e sem autorização do Congresso. O problema, de acordo com parecer técnico, é a utilização de fundos privados para repassar os valores.

Apesar de não comprometer o funcionamento imediato do programa, a decisão restringe o uso de parte dos recursos financeiros e determinou que a unidade técnica do TCU aprofunde a análise sobre o funcionamento do Pé-de-Meia.

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