Brasil

Aesb: saneamento básico é mais precário no Norte e Nordeste

Segundo a associação das empresas estaduais do setor, a população dessas regiões tem menor capacidade de pagar pelo serviço

A Aesb defendeu que a alta carga tributária que recai sobre as empresas as impede de investir mais na prestação de serviços de qualidade (Agencia Brasil)

A Aesb defendeu que a alta carga tributária que recai sobre as empresas as impede de investir mais na prestação de serviços de qualidade (Agencia Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 14h39.

Brasília - O presidente da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesb), Walder Suriane, disse hoje (6) que os serviços de saneamento básico são mais precários nos estados do Norte e Nordeste porque a população tem menor capacidade de pagamento. "Isso se reflete na qualidade da prestação de serviço”, acrescentou.

Para discutir os problemas enfrentados pelo setor, a Aesb promove amanhã (7) e quarta-feira (8), no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, o seminário A Sustentabilidade da Gestão do Saneamento.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Suriane afirmou que, nos estados e municípios com maior poder econômico, geralmente o serviço de saneamento é melhor. “Exemplo disso é Brasília que se encontra em uma situação privilegiada, pois 99% da população têm abastecimento de água, e a cobertura da rede de saneamento básico é 93%”, completou.

De acordo com o presidente da Aesb, o que impede maiores investimentos por parte das companhias na prestação de serviço e qualidade na gestão de saneamento é a alta carga tributária que recai sobre as empresas. “De 2003 a 2010, a carga tributária praticamente dobrou, com a alteração do PIS/Cofins. O governo arrecada das companhias, atualmente, cerca de R$ 2 bilhões por ano. O valor é significativo e poderia ser investido na qualidade do serviço”, explicou.

Para Suriane, houve descontinuidade de investimentos no setor, que devem ser feitos a longo prazo. Para isso, é necessária a aplicação de recursos que já existem. "Os R$ 2 bilhões arrecadados anualmente são maiores que o valor orçamentário que o governo federal investe na prestação de serviço”, afirmou.

Outra explicação para a diferença da prestação de serviços de saneamento entre os estados é o valor baixo das tarifas cobradas pelas companhias em determinados locais, o que inibe investimentos em qualidade. Walder Suriane defendeu a melhoria de gestão de saneamento que inclui eficiência energética, redução de perda de água e qualidade na prestação de serviço, de modo a beneficiar toda a sociedade

Acompanhe tudo sobre:EmpresasRegião NordesteRegião NorteSaneamentoSaúde

Mais de Brasil

O que é um tributo e por que devemos pagá-lo? 

Mendonça é eleito para TSE e elogia gestão de Moraes em meio a 'turbulências'

Em meio às enchentes no RS, Marinha alerta para ressacas com ondas de até 3 metros no litoral gaúcho

Anvisa endurece regras para prescrição de zolpidem por relatos de uso abusivo e efeitos adversos

Mais na Exame