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Acordo de bancos, governo e teles vai desafogar Justiça

Setores assinarão um termo se comprometendo a adotar estratégias de mediação com contribuintes, consumidores e clientes


	Justiça: acordo quer reduzir a enxurrada de processos nos tribunais
 (Oxford/Getty Images)

Justiça: acordo quer reduzir a enxurrada de processos nos tribunais (Oxford/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 18h51.

Brasília - Os três setores mais atuantes na Justiça brasileira - governo, bancos e empresas de telefonia - assinarão nesta quarta-feira, 02, um termo se comprometendo a adotar estratégias de mediação com contribuintes, consumidores e clientes para reduzir a enxurrada de processos nos tribunais.

Juntos, os três maiores litigantes, seja como réus ou autores de ações, são responsáveis por 95% dos processos que tramitam na Justiça do País.

As instituições financeiras, que respondem por 38% de todas as ações em tramitação no Judiciário, serão representadas por duas associações.

Até o momento, os quatro maiores bancos aderiram formalmente: Banco do Brasil, Itaú-Unibanco, Bradesco e Caixa Econômica Federal. Entre as teles, estão Claro, TIM, Vivo e Embratel. Essas companhias estão envolvidas em 6% de todos os processo em tramitação.

Além dos bancos e das teles, o Grupo Pão de Açúcar e a Via Varejo, companhia de móveis e eletrodomésticos dona das redes de lojas Ponto Frio e Casas Bahia, vão aderir à proposta de não judicialização.

Para evitar que conflitos que poderiam ser resolvidos por meios alternativos cheguem ao Poder Judiciário, as empresas e o próprio governo apostam na criação de centrais internas de mediação e na capacitação técnica para os funcionários dessas companhias e servidores públicos.

Em um primeiro momento, serão colocados em prática dois projetos-piloto com os tribunais de Justiça de São Paulo (o maior do País) e do Rio de Janeiro, onde estão arquivados um grande número de processos envolvendo instituições financeiras.

Os segmentos que aderirem à Estratégia Nacional de Não Judicialização (Enajud) vão estipular metas de resolução de conflitos sem a ajuda do juiz.

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